Indústria Cultural 2.0

Autores

  • Pablo Gabriel III Mendoza Rojas UFPE

Palavras-chave:

indústria cultural, arte, ambiente virtual, indústria cultural 2.0

Resumo

Tendo como base os operadores da Indústria Cultural clássica de Adorno e Horkheimer, iremos fazer o percurso de analisar de que maneira estes operadores apresentados pelos autores continuam atuais no ambiente virtual. A Indústria Cultural 2.0 tem algumas de suas ações submetidas a matrizes tecnológicas, antes nem sonhadas. Marcada pela troca e transmissão de mensagens audiovisuais, possui um sistema muito mais flexível e realista. Primeiramente, seguindo a proposta de Rodrigo Duarte (2010; 2011) apresento os cinco operadores da Indústria Cultural encontrados na proposta clássica de Adorno e Horkheimer. A partir deste processo de reconstrução destes operadores da Indústria Cultural clássica, traremos exemplos de criações de net art que refletem sobre as questões do espaço virtual e seu impacto nos indivíduos, além de abordar temáticas atuais como a deep fake, tecnologia que usa inteligência artificial para criar vídeos falsos ou o NFT, um token que vem sendo utilizado para dar um lastro digital para as obras de arte. Neste sentido, partiremos de reflexões filosóficas que buscam atualizar o conceito de Indústria Cultural e de exemplos da arte, além de outras temáticas atuais, para tentar adquirir uma melhor compreensão deste fenômeno contemporâneo em que estamos inseridos. Concluímos que os conceitos da Indústria Cultural clássica permanecem atuais para compreender a Indústria Cultural 2.0 e reconhecendo que arte permanece como um local importante de diagnóstico de seu tempo. Os operadores da versão clássica se transformaram no contexto da internet, sem deixar de seguirem desempenhando as mesmas funções econômicas e ideológicas da abordagem original por Adorno e Horkheimer.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. São Paulo: Zahar, 1985.

______. Indústria Cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2021.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2018.

CAMPELLO, Filipe. Como vender o invisível. Folha de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/07/como-vender-o-invisivel.shtml. Acesso em: 31 de agosto de 2021.

CAMPELLO, Filipe; BURIL, B. Indústria Cultural 2.0 e net art. ARTE CONTEXTO, v. 4, p. 1, 2016.

DEBORD, G. Sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.

DUARTE, Rodri. Indústria Cultural: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.______. Industria Cultural 2.0. Constelaciones. Revista de Teoría Crítica, [S. l.], v. 3, n.3, p. 90–117, 2016.

HAN, Byung-Chul. Sociedade da transparência. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

ILLOUZ, Eva. O amor nos tempos do capitalismo. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2011.

TÜRCKE, Christoph. Sociedade excitada: filosofia da sensação. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

Downloads

Publicado

2021-12-20

Como Citar

Rojas , P. G. I. M. . (2021). Indústria Cultural 2.0. CADERNOS CÊNICOS, 3(5), 1–14. Recuperado de https://seer.ufal.br/index.php/CadCenicos/article/view/13192

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.