Biblioterapia na produção científica stricto sensu no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.28998/cirev.%25y83-19Palavras-chave:
Biblioterapia. Competências do bibliotecário.Resumo
Percebe-se que qualquer área do conhecimento, desde a sua gênese, norteia-se com base em paradigmas moldados pelas transformações sociais. Diante deste cenário, a profissão do bibliotecário vem sofrendo também inúmeras transformações oriundas das necessidades que envolvem seus usuários. A Biblioteconomia pode ser entendida como um campo científico que se preocupa em dar acesso a documentos, sendo caracterizada pelo enfoque material (das coleções de documentos), enfoque organizacional (relacionado a infraestrutura física e administrativa da biblioteca), enfoque intelectual (tratamento informacional dado aos documentos para que possam ser recuperados) e o enfoque do usuário. Neste sentido, surge como uma nova possibilidade de atuação a biblioterapia que consiste na adoção da leitura no tratamento de pacientes com algum tipo de transtorno psíquico ou psicológico. Por ser um ramo de atividade do bibliotecário ainda pouco explorado, pretende-se responder à seguinte questão de pesquisa: como a biblioterapia tem sido abordada na produção científica stricto sensu no Brasil? A pesquisa é caracterizada como qualitativa, com objetivos exploratório e descritivo e avaliou as teses e dissertações disponíveis nas bibliotecas digitais de teses e dissertações da Capes e do Ibict. Com a análise dos resultados, foi possível concluir que a biblioterapia tem sido pouco explorada na Ciência da Informação, o que demanda um esforço conjunto de pesquisadores e instituições de ensino para consolidar o estudo desta disciplina na perspectiva do bibliotecário.
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