O lugar do rei no comércio de escravos: Portugal, Daomé e Porto Novo em 1810
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv12n24.2021.0003Keywords:
Comércio de escravos, Daomé, PortugalAbstract
Desde os primeiros tempos da expansão portuguesa no Atlântico, ainda no século XV, Portugal mantinha relações diplomáticas com diferentes “reinos” africanos. Em 1810 dois reinos da Costa da Mina enviaram embaixadas à corte portuguesa, então instalada no Rio de Janeiro, para negociar com dom João, então regente de Portugal, novos acordos para o comércio de escravos. Uma embaixada foi enviada por dadá Adandozan que foi “rei” do Daomé entre 1797 e 1818/20; e a outra por dè Ajohan, “rei” de Ardra entre ca.1807 e ca.1816. Ao longo do texto uso os termos “rei” e “reino” para as formações políticas africanas, assim como “embaixadas” e “embaixadores”, porque serem termos que aparecem na documentação portuguesa da época. Essa terminologia indica o reconhecimento desses governantes como autoridade legítima sobre um determinado povo e como interlocutores de relações diplomáticas e comerciais com Portugal.
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