Trabalhadoras invisíveis? Uma análise sobre as empregadas domésticas em tempos de pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2019.n.2.10616

Palavras-chave:

Trabalhadoras domésticas, Trabalho doméstico, COVID-19, Pandemia, Mulher,

Resumo

Uma das categorias profissionais mais atingidas pela pandemia da COVID-19 foi a das trabalhadoras domésticas, em especial as informais. Dessa forma, esse artigo tem por objetivo analisar características sociodemográficas, de trabalho e sintomas relacionados a COVID-19 de trabalhadoras domésticas. A base de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID-19) de 2020. Os principais resultados indicam que as trabalhadoras domésticas têm idade entre 40 e 59 anos, são majoritariamente informais, pretas ou pardas, com baixa escolaridade e remuneração e não estão afastadas do trabalho durante a pandemia. Um baixo percentual sentiu sintomas de COVID-19. Dentre as que manifestaram sintomas, boa parte se automedicou ou procurou por um Posto de Saúde com equipe de Estratégia de Saúde da Família ou uma Unidade Básica de Saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luís Henrique Silva Ferreira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG

Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2015-2019). Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2012-2014). Bacharel e Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2006-2010). Licenciado em Sociologia pela Universidade Paulista (2016-2018). Foi pesquisador da Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM), do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON), da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trabalhando com mercado de trabalho e planejamento em saúde, com enfoque em métodos quantitativos. Tem atuação nas seguintes áreas: Estratificação Social, Desigualdades Sociais, Estrutura Ocupacional e Sociologia do Trabalho. Atualmente é professor substituto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) - Campus Bambuí.

Referências

BERNARDINO-COSTA, Joaze. Decolonialidade e interseccionalidade emancipadora: a organização política das trabalhadoras domésticas no Brasil. Sociedade e Estado, v. 30, n. 1, p. 147-163, 2015.

BRASIL. Lei Complementar nº 150, de 1 de junho de 2015. Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, no 8.213, de 24 de julho de 1991, e no 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3o da Lei no 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei no 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp150.htm>. Acesso em: jul. 2020.

BRITES, Jurema. Afeto e desigualdade: gênero, geração e classe entre empregadas domésticas e seus empregadores. Cadernos Pagu, n. 29, p. 91-109, 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD COVID19. IBGE, 2020. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/investigacoes-experimentais/estatisticas-experimentais/27946-divulgacao-semanal-pnadcovid1?t=o-que-e&utm_source=covid19&utm_medium=hotsite&utm_campaign=covid_19>. Acesso em: jul. 2020.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção e Recomendação sobre Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos. OIT, 2011. Disponível em: <https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_protect/---protrav/---travail/documents/publication/wcms_169517.pdf>. Acesso em: jul. 2020.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Trabajadoras remuneradas del hogar en América Latina y el Caribe frente a la crisis de COVID-19. OIT, 2020. Disponível em: < https://www.ilo.org/americas/publicaciones/WCMS_747874/lang--pt/index.htm>. Acesso em: jul. 2020.

PINHEIRO, Luana et al. Os Desafios do passado no trabalho doméstico do século XXI: reflexões para o caso brasileiro a partir dos dados da PNAD Contínua. Texto para Discussão. IPEA, Brasília, n. 2528, p. 1-50, 2019.

SILVA, Christiane Leolina Lara et al. O trabalho de empregada doméstica e seus impactos na subjetividade. Psicologia em Revista, v. 23, n. 1, p. 454-470, 2017.

SILVA, Deide Fátima; LORETO, Maria das Dores Saraiva; BIFANO, Amélia Carla Sobrinho. Ensaio da história do trabalho doméstico no Brasil: um trabalho invisível. Cadernos de Direito, v. 17, n. 32, p. 409-438, 2017.

SILVA, Priscila de Souza; QUEIROZ, Silvana Nunes de. O Emprego Doméstico no Brasil: um olhar para o “trabalho da mulher” na perspectiva histórica e contemporânea. Política & Trabalho, n. 49, p. 188-204, 2018.

SOUZA, Flavia Fernandes de. Trabalho doméstico: considerações sobre um tema recente de estudos na História do Social do Trabalho no Brasil. Mundos do Trabalho, v. 7, n. 13, p. 275-296, 2015.

Downloads

Publicado

2020-09-29

Como Citar

FERREIRA, Luís Henrique Silva. Trabalhadoras invisíveis? Uma análise sobre as empregadas domésticas em tempos de pandemia. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 13, n. 2, p. 185–205, 2020. DOI: 10.28998/lte.2019.n.2.10616. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/10616. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.