Desigualdade de Gênero no Trabalho: um estudo sobre Divisão Sexual do Trabalho e Trabalho a Domicílio na indústria calçadista em três municípios brasileiros nos anos 2000 e 2010

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2019.n.2.10453

Palavras-chave:

Indústria calçadista, Divisão sexual do trabalho, Trabalho a domicílio, Desigualdade de Gênero no trabalho,

Resumo

O artigo tem por objetivo analisar duas importantes variáveis nos estudos sobre mercado de trabalho: a divisão sexual e o trabalho em domicílio. De acordo com Navarro (2006), especificamente na indústria calçadista no Brasil, empresas de grande, médio, pequeno e micro porte convivem na produção desse segmento, associadas a uma variada gama de unidades produtivas especializadas na confecção de determinadas partes do calçado, denominadas “bancas ou ateliês”. Segundo Piccinini (1992), geralmente os integrantes dessas “bancas ou ateliês” realizam suas tarefas em domicílio, sendo essas unidades produtivas constituídas principalmente por: mulheres, crianças e, eventualmente, homens que já trabalharam na indústria calçadista. Para a pesquisa, foram selecionados três municípios que possuem como uma de suas principais atividades econômicas a indústria calçadista: Sapiranga – Rio Grande do Sul –, Nova Serrana – Minas Gerais – e Camocim – no Ceará. A base de dados utilizada foram os Censos dos anos 2000 e 2010 e os principais resultados encontrados dão conta que houve uma entrada em larga escala das mulheres na indústria calçadista. Sobretudo na informalidade e em relação ao trabalho em domicílio, percebeu-se maior participação feminina.  

Abstract

The article aims to analyze two important variables in studies on the labor market: the sexual division and work at home. Specifically in the footwear industry, according to Navarro (2006), in Brazil, large, medium, small and micro companies coexist in the production of this segment, associated with a varied range of production units specialized in making certain parts of the footwear, called “stalls or ateliers”. According to Piccinini (1992), the members of these “stalls or ateliers” generally perform their tasks at home, with these production units being mainly composed of: women, children and eventually men who have already worked in the footwear industry. For the research, three municipalities were selected whose footwear industry is one of their main economic activities, Sapiranga in Rio Grande do Sul, Nova Serrana in Minas Gerais and Camocim in Ceará. The database used was the Census of the years 2000 and 2010 and the main results found show that there was a large-scale entry of women into the footwear industry, especially in informality and in relation to work at home, greater female participation was noticed.

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Biografia do Autor

Luís Henrique Silva Ferreira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG

Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2015-2019). Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2012-2014). Bacharel e Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2006-2010). Licenciado em Sociologia pela Universidade Paulista (2016-2018). Foi pesquisador da Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM), do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON), da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trabalhando com mercado de trabalho e planejamento em saúde, com enfoque em métodos quantitativos. Tem atuação nas seguintes áreas: Estratificação Social, Desigualdades Sociais, Estrutura Ocupacional e Sociologia do Trabalho. Atualmente é professor substituto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) - Campus Bambuí.

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Publicado

2020-09-29

Como Citar

FERREIRA, Luís Henrique Silva. Desigualdade de Gênero no Trabalho: um estudo sobre Divisão Sexual do Trabalho e Trabalho a Domicílio na indústria calçadista em três municípios brasileiros nos anos 2000 e 2010. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 13, n. 2, p. 233–257, 2020. DOI: 10.28998/lte.2019.n.2.10453. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/10453. Acesso em: 11 dez. 2024.

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