Dirigindo a Quimera: Trabalho e adoecimento dos motoristas do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana
DOI :
https://doi.org/10.28998/lte.2019.n.2.10610Mots-clés :
Trabalho, Motoristas, Transporte coletivo, Adoecimento, Reestruturação produtiva,Résumé
Este artigo busca empreender uma análise do cotidiano de trabalho e do processo de adoecimento dos motoristas do transporte coletivo em Goiânia e Região Metropolitana. Realiza uma abordagem qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com motoristas ligados ao sistema de transporte coletivo de Goiânia. Aborda os impactos e desdobramentos da reestruturação produtiva do capital sobre o mundo do trabalho, a partir das determinações da acumulação flexível concretizadas nas inovações organizacionais e tecnológicas. Ou seja, a partir da inserção de inovações tecnológicas, organizacionais e institucionais constata mudanças centrais no cotidiano de trabalho dos motoristas. Esse cotidiano fundamentado no processo de intensificação do trabalho e determinado pela organização do trabalho gera o adoecimento dos motoristas. O estudo apontou uma associação direta entre condições de trabalho impostas pelas empresas e o sofrimento psíquico dos motoristas. Pode-se destacar também que os motoristas estão no centro do conflito entre passageiros e o serviço de transporte coletivo urbano, essa condição os torna vulneráveis a agressões e suscetíveis a uma carga de trabalho insuportável que gera o medo, um sentimento que acelera o processo de adoecimento dos trabalhadores do transporte, ao mesmo tempo em que os submete a intensificação do trabalho pelos empresários do transporte.
Abstract
This article seeks to undertake an analysis of everyday work and the process sickness of the collective transportation drivers in Goiania and Metropolitan Region. It takes a qualitative approach through interviewers semi structured with drivers united to the system of collective transportation in Goiânia. It approaches the impacts and unfolding of the productive redesign of capital about the work world beginning from determinations of flexible accumulation concretized in organizational innovations and technologies. This is starting from insertion of technology innovations, organizational and institutional noting central changes into everyday life of the drivers. This quotidian is based on the process of intensification of work and it has been defined by organization of work generating illness of drivers. The study aimed direct association between conditions of work imposed by enterprises and the psychic suffering of the drivers. I can also be highlighted that drivers are at the center of conflict between passengers and the urban public transportation service. This condition makes them vulnerable to aggression and susceptible to unbearable workload that generates fear, a feeling that accelerates the process of illness of transport workers, while submitting them to intensified work by transport businessmen.
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