EFEITO SUBLETAL DE ISCAS TÓXICAS SOBRE O PARASITOIDE DA MOSCA DA FRUTA TEPHRITID Fopius arisanus (SONAN, 1932) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE)
DOI:
https://doi.org/10.28998/rca.22.13881Resumo
As moscas-das-frutas da família Tephritidae estão entre as pragas invasoras de culturas importantes, causam repercussões desde sua fase latente, causando danos econômicos diretos e necessitando de quarentena imposta por muitos países para neutralizar sua entrada. O controle biológico de moscas-das-frutas utilizando parasitoides da ordem Hymenoptera tem recebido maior atenção e é considerado um método de controle promissor no manejo integrado de pragas de tefritídeos. As dietas para alimentação de parasitoides são de grande importância e podem variar desde uma simples solução de açúcar até alimentos nutricionalmente completos, mas o efeito do tipo de açúcar pode variar entre os parasitoides. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos letais e subletais de diferentes formulações de iscas tóxicas sobre o parasitoide Fopius arisanus. Foi realizado um bioensaio em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, utilizando os descendentes dos parasitoides F. arisanus (F1) dos tratamentos: (T1) Biofruit® 3% + malathion; (T2) melaço de cana 7% + malathion; (T3) melaço de cana 7% + Spinosad; (T4) Biofruit® 3% + Espinosade; (T5) Biofruit® 3%; (T6) melaço de cana 7%; (T7) isca comercial (Success® 0,02 CB); e (T8) mel (80%), onde o percentual de mortalidade não ultrapassou 50%. Em gaiolas, a oferta de tratamentos e as condições experimentais utilizadas foram as mesmas descritas no bioensaio do efeito de iscas tóxicas sobre F. arisanus. Os resultados do efeito subletal na geração F1 do bioensaio demonstrou que a porcentagem de parasitismo dos tratamentos que tiveram descendentes não diferiu significativamente entre eles. Portanto, o efeito subletal de diferentes agrotóxicos em um organismo depende de vários fatores, como o tipo de formulação, as doses, a forma como o inseto foi exposto e o estágio de desenvolvimento.
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