A Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFB): memórias e usos para além da integração

Autores

  • Luis Augusto Barbosa Quaresma Universidade Federal do Pará
  • Maíra Oliveira Maia Universidade da Amazônia (UNAMA)

Resumo

O trem se constitui um dos ícones da modernização, conexão das cidades, e elemento consolidador da atividade turística. O presente trabalho objetiva compreender o processo de expansão da Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFB) e seus ramais, a partir de sua construção no final do século XIX e espraiamento pela cidade de Belém, capital do Pará, e interiores. Tornou-se não só um símbolo da integração na região, como está inserido na memória coletiva local, principalmente após sua extinção em 1964. Percebe-se a dinâmica das políticas públicas que envolveram a estrada de ferro ao longo do tempo, e a retomada deste símbolo a partir das políticas públicas de turismo que retomam o uso dos 220 quilômetros da rota da EFB para a utilização turística a partir de 2014. Para a elaboração do trabalho utilizou-se as fontes ditas oficiais, como os relatórios e falas produzidos pelos gestores da época como outros documentos adjacentes que mostram o desenrolar oficial da história da ferrovia, bem como utilizou-se de pesquisa bibliográfica e pesquisa iconográfica. Percebeu-se que ao longo do tempo se consolidou como parte da memória da região e se reescreve como uma alternativa turística da qual fazem parte personagens, paisagens, monumentos e outros, fundamentais para estruturação de uma memória coletiva que se mantém até hoje. A Belém - Bragança não foi apenas um elemento de integração regional, mas também, uma estratégia de governo geradora de lucros ao Tesouro Estadual, e hoje o turismo se volta a este objetivo, buscando a partir dela ampliar as alternativas econômicas e de desenvolvimento para os povoados/cidades que se constituíram ao longo da estrada e sua população.

Biografia do Autor

Luis Augusto Barbosa Quaresma, Universidade Federal do Pará

Licenciado em História pela Universidade da Amazônia (UNAMA)
Graduando do Curso de Bacharelado em História da Universidade Federal do Pará, Brasil

Maíra Oliveira Maia, Universidade da Amazônia (UNAMA)

Doutora em História Social da Amazônia
Docente e Pesquisadora da Universidade da Amazônia (UNAMA), Brasil

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Publicado

2019-03-29