A história de vida de Ernesto Frederico Scheffel
as figurações de um artista em um ethos social voltado ao labor
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv14n28.2023.0010Palavras-chave:
autobiografia, figuração, configuração, ethos socialResumo
O presente trabalho tem como objetivo abordar a história de vida do artista gaúcho Ernesto Frederico Scheffel (1927-2015), a partir de sua própria autobiografia intitulada: “Scheffel por ele mesmo” (2013). A referida “grafia de vida” permite abordar pedagogicamente as interrelações entre as Artes Plásticas, a Música, o Patrimônio Histórico, o Ambientalismo e outros campos de atuação social em que o personagem retratado atuou durante a sua existência humana. O contexto geográfico (Brasil / Europa) e histórico (desenrolar do século XX e início do século XXI), vivenciado pelo artista, é emblemático ao permitir que sejam constituídos saberes históricos sobre um cenário social e político que esteve em constante efervescência cultural durante a conjuntura autobiografada. Introduzimos o presente manuscrito em interlocuções teóricas com Arfuch (2010) e aportes conceituais (figuração / configuração / labor / ethos) ancorados em Elias (1994), Arendt (2007), Maingueneau (2008) e outros importantes intelectuais. Na sequência elencamos, de forma dialógica, os aportes biográficos que a vida de Ernesto Frederico Scheffel permite estabelecer para com os conceitos e as teorias introduzidas, e o seu nexo com eventuais abordagens didáticas históricas e sociais advindas de tal dialogia.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução: Roberto Raposo – 10. ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Tradução: Paloma Vidal – Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.
ARFUCH, Leonor. La ciudad como autobiografia. Bifurcações: revista de estudos culturais urbanos, ISSN-e 0718-1132, Nº. 12, 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5550403. Acesso em: 18 set. 2023.
BOURDIEU, Pierre. Cosas dichas. Buenos Aires: Gedisa, 1988.
BOURDIEU, Pierre. El sentido práctico. Madri: Taurus, 1991.
BRASIL. Edital de Tombamento do Centro Histórico de Hamburgo Velho e do acervo de obras de arte da Fundação Ernesto Frederico Scheffel. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 mai. 2015. Disponível em: < https://www.in.gov.br/servicos/diario-oficial-da-uniao >. Acesso em: 18 set. 2023.
ELIAS, Norbert. 1897-1990. O processo civilizador. Tradução: Ruy Jungman. Revisao e apresentação: Renato Janine Ribeiro. v.1 -2.ed. -Rio de Janeiro: Jorge ZaharEd., 1994
ELIAS, Norbert. Escritos e ensaios: Estado, processo, opinião pública. Tradução textos em inglês Sérgio Benevides; textos em alemão Antonio Carlos dos Santos; textos em holandês João Carlos Pijnappel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
ELIAS, Norbert. Introdução à sociologia. Lisboa /Portugal: Edições 70 Lda. 2008.
FOUCAULT, Michel. Tecnologia del yo. México/Barcelo: Paidós, 1990.
FÜHR, Jean Jeison. O habitus da formação no campo da saúde. In: Carlos Daniel Baioto. (Org.). Perspectivas Sociológicas - Diálogos Contemporâneos. 2ed.Porto Alegre: Cirkula, 2015, v. 2, p. 89-107.
FÜHR, Jean Jeison. Diferença e distinção na formação em saúde: a constituição do habitus entre profissionais do campo da saúde. Revista Educação em Páginas, v. 2, p. e12124-14, 2023. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/redupa/article/view/12124. Acesso em: 18 set. 2023.
FÜHR, Jean Jeison. GASAPARETTO, Quésia Katúscia. Racismos institucionais e invisibilidades da história e patrimônio cultural afrodescendente em cidades de colonização predominantemente alemã. Captura Críptica: direito, política, atualidade, Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 125–155, 2023. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5874. Acesso em: 18 set. 2023.
FÜHR, Jean Jeison; JARDIM, Luciane Pinheiro. Antagonismo Discursivo ao Programa Mais Médicos em Mídias Jornalísticas Brasileiras. Rizoma, v. 12, n. 1, p. 26-40, 31 jul. 2023.
LACLAU, Ernesto. Universalism, particularim and the question of identity. Cambridge (MIT Press), verão de 1995, n.61, pp.83-91.
LARA JUNIOR, Nadir; KIST, André Urban; FÜHR, Jean Jeison. Diálogos possíveis entre a psicanálise lacaniana e a teoria do discurso. In: MENDONÇA, Daniel; LINHARES, Bianca; RODRIGUES, Léo Peixoto. (Org.). (Org.). Ernesto Laclau e seu legado interdisciplinar. 1ed.São Paulo: Intermeios, 2017, v. , p. 75-100.
MAINGUENEAU, Dominique. A propósito do ethos. In: MOTTA, Ana. Raquel; SALGADO, Luciana. (Org.). Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008. p. 11 – 29.
MICHEL Júlia Ramona. A particularidade intrigante de Scheffel. Portal Medium, 2017. Disponível em: https://medium.com/betaredacao/a-particularidade-intrigante-de-scheffel-51e4d5c37250. Acesso em: 18 set. 2023.
NOVO HAMBURGO, Secretaria de Cultura. “Homenagem aos 40 anos do Movimento Casa Velha e ao artista Carlão ocorre no dia 27”. Portal do Município de Novo Hamburgo, 2010. Disponível em: https://www.novohamburgo.rs.gov.br/noticia/homenagem-40-anos-movimento-casa-velha-artista-carlao-ocorre-dia-27. Acesso em: 18 set. 2023.
NOVO HAMBURGO. Secretaria de Cultura. “Movimento Casa Velha 40 anos - Entrevista com Marciano Schmitz e Flávio Scholles”. YouTube, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gyh4q2BD6Ic. Acesso em: 18 set. 2023.
RÜCKERT, Fabiano Quadros; PEREIRA, Elenita Malta. "Queremos espaço verde": o Parque Municipal Henrique Luiz Roessler como parte da história da cidade de Novo Hamburgo (RS, Brasil). Tempos Históricos, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 80–99, 2018. DOI: 10.36449/rth.v22i1.19087. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/view/19087. Acesso em: 18 set. 2023.
SCHEFFEL, Ernesto Frederico. Scheffel por ele mesmo. Organização: Ângelo Reinheimer e Gilmar Hermes. Novo Hamburgo: Um Cultural, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Quésia Katúscia Gasparetto, Jean Jeison FührEste trabalho está licenciado sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/br/
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.