Chegando e ocupando:
História Oral, cotidiano e disputas fundiárias na construção da capital do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv14n27.2023.0003Palavras-chave:
História Oral; cotidianos; luta pela moradia.Resumo
A construção da última capital planejada brasileira do século XX foi marcada por disputas fundiárias na década de 1990. A terra era, se não o maior, certamente um dos maiores meios de arrecadação de ativos financeiros do Tocantins, sendo a venda de territórios de Palmas uma fonte de renda considerável para o estado. O comércio de terras era um mercado importante para o estado. Nos perguntamos como o direito à moradia foi entendido pelas gestões e como a população de migrantes trabalhadores elaborou estratégias para a garantia desse direito, pois se a possibilidade de acesso à terra era via compra de terrenos, como a população pobre iria conseguir sua habitação? No intuito de entender processos econômicos, sociais e culturais que nos auxiliam a responder esta e outras questões, utilizamos como uma das metodologias a história oral. Analisar como a história de vida dos migrantes se aproxima e se afasta de uma memória oficial do estado do Tocantins fundamentada em alicerces como livre iniciativa, estado mínimo, valorização do esforço pessoal, meritocracia e enriquecimento através do trabalho. Este trabalho pretende apresentar e analisar histórias de migrantes que, através de resistência conquistaram seu direito fundamental de ter um território para chamar de lar.
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