Infância e Segurança Pública: desvelando o medo que crianças de tenra idade possuem do aparato policial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2016.n.2.2605

Palavras-chave:

Criança. Medo. Polícia. Violência. Etnografia.

Resumo

O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa sobre o medo que crianças, oriundas de um bairro periférico, frequentadores de uma creche pública possuem do aparato policial. No Brasil, conforme determina a Constituição Federal de 1988, as forças policiais são responsáveis pela prevenção da vida, pela repressão ao crime e a manutenção da ordem pública. No entanto, constata-se que há um descontrole das forças de segurança, em que o uso da violência se faz abusiva e o medo se instaura como forma de sociabilidade. As ações virulentas dos policiais que se manifestam em agressões físicas, psicológicas e, até mesmo, em mortes, ocorrem, sobretudo, nos bairros periféricos das cidades brasileiras. Essa violência incide igualmente na população infanto-juvenil. Deste modo, buscou-se compreender como o medo da polícia se manifesta no universo infantil. Pesquisou-se crianças, de 04 a 05 anos de idade, moradoras de um bairro periférico, com maior incidência de crimes. Elegeu-se o caminho metodológico do estudo etnográfico, considerado apropriado à interpretação da ação nos contextos infantis. Portanto, com base nesta pesquisa, pode-se afirmar que as crianças em tenra idade vivenciam a violência policial, em que o medo se constitui como elemento vivo expresso nas falas e nas brincadeiras infantis. 

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Biografia do Autor

José Ricardo de Souza Rebouças Bulhões, Uesb - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutorando em Memória: Linguagem e Sociedade(2014) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sudoeste da Bahia(UESB) na Linha de Pesquisa:Memória, Discursos e Narrativas. Mestre em Memória: Linguagem e Sociedade(2012) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sudoeste da Bahia(UESB). Especialista em Direito Processual Civil pela Faculdade Internacional de Curitiba - UNINTER(2011).  Graduado em Direito pela Faculdade Independente do Nordeste(2009). É pesquisador vinculado ao Grupo de Pesquisa em Análise do Discurso da UESB.

João Diogenes Ferreira dos Santos, Uesb - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1995), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e doutorado em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007). Atualmente é professor titular nível A da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, pesquisador do Museu Pedagógico e professor do Programa de Pós-Graduação em Memória, Linguagem e Sociedade. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: violência contra criança e adolescente, diversidade sexual, cultura política, memória e educação.

Samila da Silva Leite Pita Rebouças, Uesb - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Mestre em Memória: Linguagem e Sociedade(2013) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sudoeste da Bahia(UESB) na Linha de Pesquisa: Memória, Discursos e Narrativas.Especialista em Psicopedagogia (2014) pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER),Especialista em Saúde Pública (2005) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Expensão (IBPEx). Licenciada em Pedagogia (2004) pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

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Publicado

2018-05-14

Como Citar

BULHÕES, José Ricardo de Souza Rebouças; SANTOS, João Diogenes Ferreira dos; REBOUÇAS, Samila da Silva Leite Pita. Infância e Segurança Pública: desvelando o medo que crianças de tenra idade possuem do aparato policial. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 10, n. 2, 2018. DOI: 10.28998/lte.2016.n.2.2605. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/2605. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Ser criança no Brasil de hoje: (re)invenções da infância

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