Cotidiano e Pós-modernismo

a ética da vida social em Agnes Heller

Resumen

Este artigo é inspirado nas reflexões da filósofa húngara Ágnes Heller (representante da chamada Escola de Budapeste), sobretudo em dois de seus trabalhos: “Políticas de la postmodernidad” (1989), em coautoria com Ferenc Féher, e “O cotidiano e a história”, escrito, originalmente, em 1970. Interessa-nos aqui menos sua dívida com o pensamento marxista, do qual se origina sua obra, discípula que era de George Lukács, mas antes as circunstâncias das complexas relações humanas como uma dialética entre a vida e o cotidiano. Conclui-se que o aspecto heterogêneo de que nos fala Heller, sem nenhuma hierarquia universal (nas palavras dela), é uma afirmação (sem rotulações ou absolutismos) das teorias pós-modernas de “descentramento do sujeito” (Hall), “pensamento débil” (Vattimo) ou “afinidades eletivas” (Maffesoli), entre outros teóricos dessa abordagem hermenêutico-fenomenológica.