No Fio da Fronteira
reatualizando o diálogo sobre a inclusão da história, da cultura e das línguas nacionais de Angola no currículo oficial de ensino
Mots-clés :
Ensino em Angola; Descolonização; Currículo; Formação Docente.Résumé
Este artigo tem como objetivo discutir sobre a urgência em incluir a história, cultura, memória e as línguas nacionais no currículo oficial de Angola. Na tentativa de repor os angolanos e as angolanas como sujeitos/as de suas próprias histórias, culturas e memórias, refletimos como o currículo de base neocolonial-imperialista silencia, apaga e cria estereótipos sobre as histórias de formação do solo angolano, de sua cultura, e inferioriza as línguas dos diversos grupos étnicos existentes. Assim, este artigo apresenta uma breve contextualização do Ensino em Angola desde o período colonial à atual situação do sistema de educação angolano face à reforma educativa iniciada no ano de 2002. Em seguida, discutimos sobre a importância da descolonização do ensino e a inclusão da história local, da memória dos mais velhos e das línguas nacionais no currículo oficial de ensino e, consequentemente, pontuamos também sobre o desafio de uma formação docente crítica capaz de apoiar esta inclusão e de impactar/mobilizar as crianças e os/as jovens para a valorização de suas raízes.
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