A diversidade homoafetiva nos quadrinhos japoneses: educação sexual, pornografia ou mercado erótico?
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2013.n.1.1066Parole chiave:
mangá, homossexualidade, identidade sexualAbstract
O estudo analisa a diversidade de identidades sexuais existentes em publicações de Mangá, destacando a grande diversidade de gêneros de quadrinhos relacionados à sexualidade e à produção de personagens cuja identidade de gênero se desloca para além da dicotomia masculino-feminino. Enfatiza a grande diversidade de modalidades eróticas produzidas pelo Japão nestes produtos midiáticos e as reconstruções múltiplas quanto às práticas homoafetivas e de outras sexualidades. Estes produtos são desenvolvidos não só para gays e lésbicas, mas para as meninas heterossexuais que gostam de ver as relações entre os meninos (Lover Boy) ou meninas (Shoujo-Ai). E o oposto, meninos heterossexuais, que gostam de ler romances com histórias de lésbicas (Yuri) e gays (Yaoi) e até quadrinhos para travestis, hermafroditas (Futanari) ou crossdressing ou que se vinculem a modalidades sexuais ainda consideradas desviantes socialmente como pedofilia. Compreender a integração desses temas incomuns (para os padrões ocidentais) é entender que o diálogo é possível com a diversidade sexual sem o perigo de tropeçar pontos de vista sobre conceitos deterministas de Barbárie ou quais outros levantados por aqueles que veem a diversidade sexual como antinatural ou problemática. A cultura japonesa, através do mangá, apresenta essa diversidade de papéis e identidades sexuais sem considerar questões como um problema ou um distúrbio. A pesquisa procura mostrar que a introdução de personagens transexuais nos quadrinhos pode colaborar para a diversidade ligada às identidades sexuais, sem estereótipos e visões discriminatórias, contribuindo para uma educação inclusiva sobre a diversidade sexual e de gênero.
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