Cultura estudantil dos músicos e maestro de orquestra: teoria, práxis, performance e erro
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2018.n.1.4348Parole chiave:
etnografia, culturas estudantis, músico, ethos, performance.Abstract
O objetivo desse artigo é analisar a cultura estudantil dos sujeitos que habitam uma escola de Música de uma universidade pública do Rio de Janeiro, a fim de compreendermos o sistema de valoração desses nativos, seu ethos e estilo de vida. Teoria, práxis, performance e erro são categorias que serão analisadas, tendo surgido a partir de observação participante, sendo sugeridas pelas sucessivas imersões no campo, vivências e diálogos dos sujeitos de pesquisa. A pesquisa de campo teve duração de quase dois anos. A escuta ativa musical é condição sine qua non para conviver com os pares, implicando teoria e técnica para seu exercício. Tal escuta é requerida dos músicos mesmo antes do ingresso na universidade, a partir de testes de solfejo, ditado e harmonia musical conjugados com o exame de acesso a instituição de ensino, ajudando a explicar o porquê dessa ocupação se situar num espaço limítrofe, de imbricada interseção entre os conceitos de ofício e profissão.Downloads
Riferimenti bibliografici
ADORNO, T. Regente e orquestra: aspectos sociopsicológicos In
ADORNO, T. Introdução à Sociologia da Música. Tradução de Fernando Moraes Bastos. São Paulo: Editora Unesp, 2011, p. 217-238.
ANGELIN, P. Profissionalismo e profissão: teorias sociológicas e o processo de profissionalização no Brasil. Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, Araraquara, v. 3, n.1, p.1-16, 2010.
BECKER, H. Outsiders: studies in the sociology desviance. Glencoe: Free Press, 1963.
BECKER et al. Boys In Whyte: student culture in medical school. New Brunswick and London: Transaction Publishers, 1992.
CAMPOS, T; PINTO, D. A construção conjuntado malentendido em uma entrevista de pesquisa em uma perspectiva interacionista In Intersecções. v.19, ano 9, n.2, p.28-42, 2016.
COELHO, M.C. Teatro e contracultura: um estudo de antropologia social. 1989, 143 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1989.
COELHO, M. C. Apresentação In Coelho, Maria Claudia (org e trad.) Estudos sobre interação: textos escolhidos. Rio de Janeiro: EdUerj, 2013, p.13-44.
GOFFMAN, E. Manicômios, Prisões e Conventos. Tradução de Dante Moreira. Leite. 7ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.
GONDAR, J. Cinco proposições sobre memoria social In Morpheus: Estudos Interdisciplinares em Memória Social. Ed. Especial Por que Memória Social, v.9, n.15, p.19-40, 2016.
HALBWACHS, M. A memória coletiva dos músico In HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Edições Vértice/Editora revista dos Tribunais, 1990, p. 161-187.
LAGO, S. Arte da regência: história, técnica e maestros. São Paulo: Algol Editora, 2008.
SENNET, R. O artífice. Tradução de Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2013.
SILVA. J. S. Construindo a profissão musical: uma etnografia entre estudantes universitários de música. 2005. 289 f. Tese (Doutorado em Música) – departamento de Música da UNIRIO, Rio de Janeiro, 2005.
SILVA, H. A situação etnográfica: andar e ver. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano15, n.32, p.171-188, 2009.
STRAUSS, A. Mirror and maks: the search identity. Glencoe: Free Press, 1959.
WISNIK, J. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Cia das Letras, 2011.
VELHO, G. Observando o familiar. In: NUNES, Edson (org.) A Aventura Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p. 36-46.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza