PAULO FREIRE: UTOPIAS E ESPERANÇAS

Autores

  • Mario Sérgio Cortella PUC/SP

Resumo

Há uma recusa em referir-se ao professor Paulo Freire no passado. Sempre, quando o mencionamos, tropeçamos ao utilizar os verbos no passado, o que denota exatamente a nossa convicção em relação ao amanhã e a um dia como hoje: a impossibilidade de deixar a obra, o trabalho, a vida, a amorosidade de Paulo Freire num tempo verbal que já foi. Por isso, cada vez mais se pensa na ausência/presença de Paulo Freire. Não é por acaso, que uma parte das pessoas utilize várias vezes a expressão “memória de Paulo Freire”. Falar sobre ele é uma forma expressiva de comemoração, isto é, de memorar junto. De trazer a memória de novo. Cuidado, muitas vezes se utiliza a noção de memória ou de comemorar apenas e tão-somente no sentido de festejar. Não é verdade, há muitas maneiras de comemoração. Não se deve, obviamente, identificar comemorar com festejar. Uma das formas de comemoração é a comemoração festiva. Há comemorações que não são festivas como, por exemplo, algumas cerimônias em relação a atos de violência ou agressividade numa sociedade. Ou em relação à morte de alguém também se faz a comemoração. No entanto, um dia como hoje é, para nós, um dia de comemoração festiva.

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Publicado

2010-10-08

Como Citar

CORTELLA, Mario Sérgio. PAULO FREIRE: UTOPIAS E ESPERANÇAS. Debates em Educação, [S. l.], v. 2, n. 3, 2010. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/57. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos