INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR AUTOMEDICAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO

Autores

  • João Paulo Oliveira de Almeida Universidade Federal de Alagoas
  • Adson Yvens de Holanda Agostinho
  • Maryanne Ferreira Soares
  • José Anderson dos Santos
  • Karol Fireman de Farias

Palavras-chave:

Uso de Medicamentos, Farmacoepidemiologia, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos

Resumo

Automedicação é descrita como a utilização de medicamentos sem prescrição por profissionais habilitados, bem como no uso de ervas e remédios caseiros. No Brasil, a prática da automedicação é motivada principalmente para aliviar dores e representa um fator de risco elevado quando utilizado em uma dosagem acima da recomendada. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena por automedicação da região Nordeste. Trata-se de um estudo ecológico, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2009 e 2019, sobre a região Nordeste. Até dezembro de 2019, foram registrados 6.734 casos de intoxicação exógena por automedicação na região Nordeste. É evidente a maior taxa de automedicação entre mulheres com formação até ensino médio completo, com no máximo 39 anos, residente em zona urbana e parda. Assim, a automedicação é um dos agravantes da saúde, ainda que não chegue a desencadear quadros de intoxicação, sendo assim, faz-se necessário um maior endurecimento da fiscalização, distribuição e normatização de medicamentos, além de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, com o propósito de conscientizar a população quanto aos riscos dessa prática.

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Referências

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Publicado

2021-03-11

Como Citar

Almeida, J. P. O. de, Agostinho, A. Y. de H., Soares, M. F., dos Santos, J. A., & de Farias, K. F. (2021). INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR AUTOMEDICAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO. REVISTA ELETRÔNICA EXTENSÃO EM DEBATE, 7(6), 21–24. Recuperado de https://seer.ufal.br/index.php/extensaoemdebate/article/view/11541

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