INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR MERCÚRIO NO BRASIL E O CITOX UFAL NAS MÍDIAS

EXOGENOUS MERCURY POISONING IN BRAZIL: A PUBLICATION THROUGH CITOX, A UFAL EXTENSION PROGRAM.

Autores

  • Carlos Eugênio Ataíde Costa Melo Universidade Federal de Alagoas - UFAL
  • Allysson Firmino de França Farias Universidade Federal de Alagoas
  • Lucas Tenório Carmo do Nascimento Bezerra Universidade Federal de Alagoas
  • Daniel Augusto Monteiro de Barros Universidade Federal de Alagoas
  • Ticiano Gomes do Nascimento Universidade Federal de Alagoas
  • Maria Aline Barros Fidelis de Moura Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Palavras-chave:

Mercúrio, Intoxicação exógena, Indígena, Ribeirinhos, Mídias

Resumo

O mercúrio é um metal pesado que causa danos toxicológicos agudos e crônicos cumulativos, inclusive, neurotoxicidade para os seres humanos. Afeta animais e contamina o meio ambiente. Sabe-se que todos são suscetíveis, porém, as populações mais vulneráveis são ribeirinhas e indígenas, por exposição ambiental e dieta rica em pescados contaminados. Neste trabalho objetivou-se realizar uma revisão sistemática da literatura (RSL) acerca das intoxicações por mercúrio no Brasil, com ênfase na população ribeirinha e indígena. Além de levantamento no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e Ministério da Saúde (MS), visando publicizá-los, no âmbito da educação em saúde, no Instagram do Centro de Informações Toxicológicas da Ufal (CITox Ufal). A metodologia foi dividida em três partes para atingir o objetivo estabelecido: 1) RSL; 2) Levantamento epidemiológico secundário no Sinan e MS; e 3) Postagem sobre mercúrio no @citoxufal. Observou-se que, de acordo com o Sinan, no período de 2012 a 2022 o Brasil apresentou um total de 2463 notificações de intoxicações por metal, com maior incidência em 2019. Já o Boletim Epidemiológico da Vigilância em Saúde do MS afirma que o Brasil registrou 1.103 casos de intoxicação exógena, especificamente por mercúrio, de 2006 a 2021. No âmbito da difusão científica, a postagem acerca do mercúrio funcionou como um elemento disparador de discussão, que induziu a troca de saberes e conhecimentos acadêmicos com a sociedade. Por fim, o fazer extensionista do CITox Ufal foi alcançado, ressaltando a importância da popularização da ciência para promover a saúde das pessoas.

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Biografia do Autor

Carlos Eugênio Ataíde Costa Melo, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Estudante de Farmácia (ICF-UFAL). Extensionista do CITox/GPTox/UFAL.

Allysson Firmino de França Farias, Universidade Federal de Alagoas

Farmacêutico. Mestrando PPGCF - Ufal. Extensionista do CITox/GPTox/Ufal.

Lucas Tenório Carmo do Nascimento Bezerra, Universidade Federal de Alagoas

Farmacêutico. Mestrando PPGCF - Ufal. 

Daniel Augusto Monteiro de Barros, Universidade Federal de Alagoas

Relações Públicas - Ufal. Professor do Centro Universitário CESMAC. Doutorando em Educação pelo PPGE-Ufal.

Ticiano Gomes do Nascimento, Universidade Federal de Alagoas

Professor Doutor -  Associado - Universidade Federal de Alagoas.

Maria Aline Barros Fidelis de Moura, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Docente da UFAL da graduação de Farmácia.

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Publicado

07-08-2024

Como Citar

Ataíde Costa Melo, C. E., Firmino de França Farias, A., Tenório Carmo do Nascimento Bezerra, L., Monteiro de Barros, D. A., Gomes do Nascimento, T., & Barros Fidelis de Moura, M. A. (2024). INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR MERCÚRIO NO BRASIL E O CITOX UFAL NAS MÍDIAS: EXOGENOUS MERCURY POISONING IN BRAZIL: A PUBLICATION THROUGH CITOX, A UFAL EXTENSION PROGRAM. REVISTA ELETRÔNICA EXTENSÃO EM DEBATE, 13(18). Recuperado de https://seer.ufal.br/index.php/extensaoemdebate/article/view/16506

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