INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR AUTOMEDICAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO
Palabras clave:
Uso de Medicamentos, Farmacoepidemiologia, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a MedicamentosResumen
Automedicação é descrita como a utilização de medicamentos sem prescrição por profissionais habilitados, bem como no uso de ervas e remédios caseiros. No Brasil, a prática da automedicação é motivada principalmente para aliviar dores e representa um fator de risco elevado quando utilizado em uma dosagem acima da recomendada. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena por automedicação da região Nordeste. Trata-se de um estudo ecológico, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2009 e 2019, sobre a região Nordeste. Até dezembro de 2019, foram registrados 6.734 casos de intoxicação exógena por automedicação na região Nordeste. É evidente a maior taxa de automedicação entre mulheres com formação até ensino médio completo, com no máximo 39 anos, residente em zona urbana e parda. Assim, a automedicação é um dos agravantes da saúde, ainda que não chegue a desencadear quadros de intoxicação, sendo assim, faz-se necessário um maior endurecimento da fiscalização, distribuição e normatização de medicamentos, além de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, com o propósito de conscientizar a população quanto aos riscos dessa prática.
Descargas
Citas
ARRAIS, Paulo Sérgio Dourado et al. Prevalence of self-medication in Brazil and associated factors. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 50, supl. 2, 13s, 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102016000300311>. Acesso em: 25 set. 2020.
BRASIL, Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde. Intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho no Brasil, 2007-2016. Secretaria de Vigilância em Saúde, v. 49, p. 1–10, 2018. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2018/dezembro/26/2018-027.pdf>. Acesso em: 25 set. 2020.
DOMINGUES, Paulo Henrique Faria et al. Prevalence and associated factors of self-medication in adults living in the Federal District, Brazil: a cross-sectional, population-based study. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 26, n. 2, p. 319-330, June 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-96222017000200319&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 25 set. 2020.
IBGE. Estimativa de População Residente no Brasil e Unidades da Federação com Data de Referência em 1 de Julho de 2020. n. 3, p. 129, 2020. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html>. Acesso em: 25 set. 2020.
IBGE. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Estudos e Pesquisas. Informações Demográficas e Socioeconômicas, v. 41, p. 1–12, 2019. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf>. Acesso em: 25 set. 2020.
OLIVEIRA, EA, Bertoldi AD, Domingues MR, Santos IS, Barros AJD. Uso de medicamentos do nascimento aos dois anos: coorte de nascimentos de Pelotas, RS, 2004. Rev. Saúde Públ. 44(4): 591-600, 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000400002>. Acesso em: 25 set. 2020.
PONS, Emilia Da Silva et al. Predisposing factors to the practice of self-medication in Brazil: Results from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM). PLoS ONE, v. 12, n. 12, p. 1–12, 2017. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29220378/>. Acesso em: 25 set. 2020.
NUNES, Caroliny Ribeiro de Melo et al. Panorama das intoxicações por medicamentos no Brasil. Rev. e-ciência, 5(2): 98-103. 2017. Disponível em: <http://www.revistafjn.com.br/revista/index.php/eciencia/article/view/247>. Acesso em: 25 set. 2020.
SINITOX. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Tabela 6. Casos, Óbitos e Letalidade de Intoxicação Humana por Agente e por Região. Brasil, 2017. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. 2017. Disponível em: <https://sinitox.icict.fiocruz.br/sites/sinitox.icict.fiocruz.br/files//Brasil6_1.pdf>. Acesso em: 25 set. 2020.
SOUSA, Livia Alves Oliveira de et al. Prevalência e características dos eventos adversos a medicamentos no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 34, n. 4, e00040017, 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2018000405005&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 25 set. 2020.
WHO. World Health Organization. Guidelines for the regulatory assessment of medicinal products for use in self-medication. Geneva. 2000. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/handle/10665/66154>. Acesso em: 25 set. 2020.