Entre a resistência ao avanço do patamar de vergonha e o mal-estar: algumas considerações sobre a cena musical do pagode baiano
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2017.n.1.3248Palavras-chave:
cultura popular, relações raciais, gêneroResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a existência de níveis de vergonha expressos na cena musical do pagode baiano, que se opõem a um patamar de vergonha mais consolidado como “civilizado”, mas que encerram em si, também, casos de produção de mal-estar. A partir da análise de informações de um agente da produção desta cena, sobre a relação entre diferentes condutas de segmentos de bandas e seus respectivos horizontes de mercado, e da apresentação de dados etnográficos produzidos em trabalho de campo com observação participante em espaços de consumo, busca-se apresentar como a estratificação social em meio às classes populares permeia suas práticas expressivas de patamar de vergonha, que também são fontes de prazer, de produção comercial com diferentes potências de difusão e de mal-estar. O artigo tem como objetivo secundário apresentar um quadro no qual o pagode baiano compõe um fenômeno mais amplo a que se sugere denominar como cenas musicais juvenis, erótico-dançantes e periféricas contemporâneas.Downloads
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