A Terra do sol. O sertão como espaço de identidade na literatura e no cinema brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.202168.430-445

Palavras-chave:

Sertão, poética do espaço, literatura, cinema, identidade cultural.

Resumo

Do enredo regionalista derivariam algumas obras-primas da narrativa romanesca que encabeçam a série do cânone brasileiro. Tendo como temática o embate épico homem x natureza, materializado no fenômeno da seca, essas narrativas dão-se num ambiente de desigualdade social, estabelecido pela cultura senhorial da Casa-Grande e pelos grandes latifúndios.  O tema também é dominante em obras essenciais da narrativa fílmica, haja vista a lista dos 100 melhores filmes nacionais publicada em 2016 pela Abraccine. Neste contexto, o Sertão, como uma “poética do espaço” (conceito de Gaston Bachelard), mais do que cenário, será protagonista da grande ficção representada pelo Romance de 30 e pelo Cinema Novo.  O que se indaga é por que o Sertão, região pobre, atrasada e isolada tem provocado algumas de nossas melhores narrativas fílmicas e literárias? Neste percurso, destaque para o realismo como um elemento estruturante. Ênfase também nesta deambulação para o encontro de Vidas secas (1938), romance de Graciliano Ramos, com o filme homônimo (1963) de Nelson Pereira dos Santos. A película assinala não apenas o elo entre os dois movimentos, mas a consolidação de um gênero, da poética extraída da terra do sol.

 

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Biografia do Autor

Marcos Alexandre De Morais, Universidade Federal de Alagoas

Professor de Literatura na Universidade Federal de Alagoas - Campus Sertão

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Publicado

2021-04-24

Como Citar

DE MORAIS, Marcos Alexandre. A Terra do sol. O sertão como espaço de identidade na literatura e no cinema brasileiro. Revista Leitura, [S. l.], n. 68, p. 430–445, 2021. DOI: 10.28998/2317-9945.202168.430-445. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/11894. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários