Amor, de Clarice Lispector: a política anticolonial, as mulheres, os vegetais e o diálogo com as outras artes
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202379.71-85Resumo
RESUMO
O presente artigo pretende refletir sobre a política anticolonial no conto “Amor”, narrativa do livro Laços de família (1960), de Clarice Lispector (1920-1977). Nossa abordagem, tem como perspectiva o diálogo com as artes de mulheres latino-americanas, dando ênfase ao viés do ecofeminismo. Sob este aspecto, o intento do estudo é analisar a presença vegetal como saída de uma visão capitalista, opressora, edipiana, colonial. Neste sistema, veremos que a mulher é inserida numa função, ou seja, em um “destino” que lhe aprisiona, cujo objetivo é a manutenção da ordem, da hierarquia e do poder masculino. Para o desenvolvimento da análise, recorremos às reflexões de Deleuze e Guattari (2011), Nascimento (2012, 2021), Sousa (2000), Shiva (1995), entre outros.
PALAVRAS-CHAVE
“Amor”. Clarice Lispector. Vegetais. Política. Mulher.