Uma entrevista com Antonio Torres
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202482.04-10Resumo
Nordestino do Junco, cidadezinha do interior da Bahia, hoje Sátiro Dias, Antônio Torres estreou na literatura em 1972 com o romance Um cão uivando para lua. Naquele ano, foi considerado autor revelação e, de lá para cá, lançou doze romances, alguns contos e crônicas, sendo traduzidos para vários países. O reconhecimento da importante contribuição de suas obras para a literatura nacional pode ser medida pela reedição dos seus romances; pelos vários prêmios nacionais e internacionais; pelo título de imortal da Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira 23, que já foi de Machado de Assis; pelo sucesso junto ao público, comprovado pela agenda movimentada com participações em eventos no país, na Europa e América Latina. Com escrita singular, linguagem, estilo, aproveitamento estético da realidade e talento para transfigurar fato em ficção, Torres conseguiu universalizar o drama da migração nordestina e, desde o início da carreira, é traduzido para vários países. Esta entrevista é resultado de conversas mantidas com o autor em março de 2024, quando abordamos os bastidores das traduções de suas obras e a relação dele com as editoras e os tradutores. Rica em detalhes, as respostas francas confirmam o talento natural de contador de histórias do Chevalier des Arts et des Lettres.