La dialéctica del amo y del esclavo En La hora azul, de Alonso Cueto
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.201657.195-218Resumo
Em Ahora azul, de Alonso Cueto, ser escravo é, antes de tudo, ser camponês andino, prisioneiro e dependente de poderes extremos. Protagonizá-los é aceitar por fim o papel de vítima neste conflito e dar testemunho do menosprezo histórico dos que padecem. Logo, ser escravo é ser mulher em uma sociedade patriarcal, ser Santa ou Puta. Porém, ser escravo é também responder ao domínio de poderosos, cujos vícios e paixões os retiram da realidade. Atualmente, os peruanos são todos escravos de seu passado, mais ou menos próximo. A escritura converte-se em uma terapia em que as línguas se desfazem para que cada um desempenhe por fim o papel que o coloque em nível humano. Proponho, pois, estudar na novela de Alonso Cueto, publicada em 2005, as relações de poder, culpa ou/e ignorância dos protagonistas que continuam vivendo o espectro da guerra suja.