Inês de Castro em Invenção

Autores

  • Maria Manuela Santos Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.201657.64-82

Resumo

Entre as inúmeras vozes que entretecem Invenção de Orfeu, Jorge de Lima convoca também largamente a de Camões. A Inês de Castro, por exemplo, para além de referências dispersas, dedica todo o XIX poema do Canto II bem como todo o Canto XIX da longa epopeia. Imprevisíveis, as palavras, alinhadas segundo nexos indecifráveis, sublinham a singularidade do autor que apresentaum novo olhar sobre o tema, reinventando uma Inês que nada tem a ver com a que Os Lusíadas configura. Não a vemos, assim, no texto jorgeano, penitente, numa última súplica, instigando emoções, mas serena, sem rancor nem vontade de retaliação.

Em Invenção de Orfeu, Inês aceita pacificamente o vazio da inexistência e reinventa-se num outro lugar, fora do espaço e do tempo, onde permanece para sempre como uma sedutora de poetas.

 

DOI: https://doi.org/10.28998/rl.v2i57.4370

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Biografia do Autor

Maria Manuela Santos, Universidade Federal de Alagoas

Professor da UFAL- L. Textual

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Publicado

2018-04-18

Como Citar

SANTOS, Maria Manuela. Inês de Castro em Invenção. Revista Leitura, [S. l.], v. 2, n. 57, p. 64–82, 2018. DOI: 10.28998/2317-9945.201657.64-82. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/4370. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários