Mulheres viajantes
pensando a formação de redes online de mulheres para viagens
Palavras-chave:
Netnografia; Turismo; Gênero; Mobilidades; FricçõesResumo
Nos estudos de gênero são frequentes os trabalhos sobre violência doméstica, controle da reprodução, desigualdade salarial, entre outros, no entanto, os estudos sobre a mulher turista, no seu momento de lazer ainda são poucos. Quando relacionamos os estudos de gênero ao turismo, terminamos por abordar as questões de objetificação da mulher podendo caminhar para à sexualização do corpo feminino nos estudos sobre turismo sexual ou à sua constante associação ao trabalho doméstico no turismo rural. É nesse contexto, que surge a necessidade de estudos e análises sobre o uso, direito e acesso ao tempo livre pelas mulheres e como este é associado às viagens. Neste sentido este artigo se debruça sobre os grupos de viagens criados no Facebook para exclusividade das mulheres e troca de informações e formação de redes. Para isso, como referencial teórico utilizamos o paradigma das novas mobilidades de Sheller e Urry (2006, 2016), mais especificamente os estudos que se referem a gênero e justiça de mobilidades (Sheller, 2008, 2018). Com isso, concluiu-se que tais grupos abrem espaço para novas formas de contato e encontros, além de se apresentarem como uma rede de confiança que possibilita os movimentos de mulheres como turistas, na medida em que os grupos auxiliam no entendimento e reconhecimento pelas mulheres viajantes das fricções impostas aos seus movimentos como turistas.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação simultaneamente disponibilizada de acordo com uma Licença Creative Commons 4.0 Brasil, permitindo o compartilhamento sem fins lucrativos de sua obra pelo seu uso/citação de modo referenciado (com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista).