Por entre os sertões de Porto da Folha/Sergipe nos séculos XVII – XIX
DOI:
https://doi.org/10.28998/rchv13n26.2022.0005Palavras-chave:
Espaço Agrário; Pecuária; SertãoResumo
A formação da estrutura agrária brasileira está fundada na concentração fundiária originada desde o período colonial com a política de sesmarias e reafirmada pela de Lei de Terras de 1850. Embasada na premissa de indissociabilidade entre o tempo e o espaço e nos fundamentos da Geografia Histórica, este artigo busca analisar as transformações ocorridas na configuração socioespacial de Porto da Folha entre os séculos XVII e XIX. Este estudo nos permitiu desvendar os projetos econômicos, políticos, militares e simbólicos em jogo que, por diferentes vias, procuraram se consolidar. Assim como os interesses de classes, as diversas concepções políticas e econômicas, as relações de poder privadas ou do estado e a resistência de grupos marginalizados que se tornam evidentes nas formas espaciais. Constatamos que os currais fixados no vasto Sertão do São Francisco Sergipano moldaram a formação de seu espaço agrário, bem como influenciou as relações sociais estabelecidas entre os grandes pecuaristas e os demais habitantes que povoavam essa região.
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