A cultura dos “Coitados”: trajetória social e sistema de arte.
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2009.n.1.638Palabras clave:
habitus, sistema de arte, trajetória social.Resumen
O ensaio em questão tem como objetivo a apropriação da teoria proposta por Pierre Bourdieu, em especial a relação entre o espaço social e o lugar, para analisar as condições possíveis de serem percebidas no campo da produção da cultura (mais especificamente da produção cinematográfica) e a incorporação de agentes segregados espacialmente como produtores no campo constituído. Para tanto, foi selecionado um produto audiovisual recente - Cidade de Deus, de Fernando Meirelles -, cuja análise apresenta elementos que sugerem que a interseção entre a trajetória pessoal dos indivíduos e a hiper-realidade construída pela obra criam as condições de inserção de sujeitos como profissionais até então apartados do mercado formal de produção artística. A indicação prévia deste ensaio permite relacionar as condições da marginalidade assumida não apenas desfrute do consumo cultural, mas da própria atividade artística, ambos produtos de um mesmo habitus. É justamente neste habitus reiterado pelo cenário urbano que reside a possibilidade de integração dos sujeitos segregados territorialmente. Ao tratamento de “coitados”, pretendemos sugerir que é desta incorporação simbólica, uma das possibilidades destes sujeitos de superar/aceitar os mecanismos societários de exclusão e assimilação no mercado formal de arte.
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