"A gente faz o que pode": mulheres, Estado e processos de exclusão socialmente legitimados
DOI:
https://doi.org/10.28998/lte.2013.n.1.1070Palavras-chave:
Estado, Família, Desigualdade social, crianças, adolescentesResumo
A partir de uma análise comparativa entre os discursos, representações e práticas construídos ao redor da noção de família pretende-se analisar as convergências e tensões existentes entre as diferentes esferas institucionais e os grupos familiares das classes populares. Para isto, partiu-se de uma etnografia realizada em Penedo, sul de Alagoas, que teve como foco mulheres com filhos em abrigos para crianças e adolescentes. Nesse contexto, percebeu-se existência de um hiato entre as percepções dos agentes disciplinadores, as Políticas Públicas e as demandas desses grupos, evidenciando que, ao contrário do discurso estatal oficial , questões como cidadania e direitos humanos não são universalmente acessíveis, tendo em vista que estão inseridas em um campo de disputas que finda por defender certos comportamentos e valores morais em detrimento de outros, excluindo sujeitos e grupos que não se encaixam no padrão estabelecido.
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