Perfil geolinguístico dos ditongos /ej/ e /ou/ no falar amapaense
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202171.32-44Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar o perfil geolinguístico dos ditongos /ej/ e /ou/ no falar amapaense. O trabalho tem como aporte teórico as discussões da Sociolinguística (TARALLO, 2007) e da Dialetologia (CARDOSO, 2010). A metodologia da pesquisa conta com uma amostra de dados fonéticos pertencentes ao corpus do Projeto Atlas Linguístico do Amapá (ALAP). Para isto, foram selecionados 40 informantes estratificados de acordo o sexo (homem e mulher), a faixa etária (18 a 30 anos e 50 a 75 anos) e o espaço geográfico, isto é, 10 municípios do Amapá: Macapá, Santana, Mazagão, Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene e Oiapoque. Os itens fonéticos selecionados para análise do ditongo /ej/ foram: prateleira, travesseiro, torneira, peneira, manteiga, teia, peixe, bandeira, correio, companheiro, meia e beijar. Já para o ditongo /ou/ foram: tesoura e ouvido. A partir das análises dos dados, concluiu-se que para o ditongo /ej/, no falar de amapaenses, houve 58% de presença da manutenção da semivogal [j] e 42% de ausência desta semivogal. No que tange à realização do ditongo /ou/, obteve-se 42% de presença e 58% de ausência da semivogal [w].