O grande amor de nossas vidas e Os sete gatinhos: uma análise semiológica das espacialidades
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202379.134-148Resumo
o presente texto tem por objetivo analisar, em uma perspectiva semiológica expressa pela teórica francesa Anne Ubersfeld (2005) e por Jacó Guinsburg (1988), o conjunto de signos que compõe a espacialidade nas obras O grande amor de nossas vidas (1981), de Consuelo de Castro, e Os sete gatinhos (2017), de Nelson Rodrigues. O espaço delimitado por quatro paredes é uma das similaridades nos textos dos dramaturgos Castro e Rodrigues, por conseguinte, justifica-se o destaque ao espaço privado nesse estudo. Assim, a partir dos preceitos semiolexicais, verifica-se no interior da casa os lugares cênicos das obras no quais há manifestação de opressões expressas na personagem do pai em ambas as peças analisadas. Do local doméstico da família sobressaem-se embates sociais e econômicos debatidos em uma perspectiva da crítica teatral brasileira, a partir de nomes como Sábato Magaldi (1992), Yan Michalski (1989) e Jefferson Del Rios (2010).