A insolência nos movimentos do social: sentidos interditados na favela do Jacarezinho

Autores

  • Flavio Benayon Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.202376.250-266

Resumo

Ancorado na Análise do Discurso de vertente materialista, o presente trabalho analisa a insolência inscrita na instalação de um memorial às vítimas de uma operação policial realizada na favela do Jacarezinho. O memorial do Jacarezinho, após uma semana de sua instalação, foi derrubado e reduzido a cacos pela Polícia Civil, que interditou a ameaça posta pela tensão entre os sentidos reproduzidos pela ordem vigente e o não sentido. A insolência, compreendida como a resistência no social, dialoga com o não sentido, o não-realizado, ameaçando a administração dos sentidos existentes. Ao qualificar a política vigente no Estado do Rio de Janeiro como genocida e racista, o memorial explicita a corriqueira violência criminosa do Aparelho Repressor, denuncia a barbárie praticada regularmente pela polícia e tensiona sentidos em contradição à descartabilidade biológica do corpo negro, morador da favela.

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Biografia do Autor

Flavio Benayon, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Doutor e mestre em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

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Publicado

2023-06-23

Como Citar

BENAYON, Flavio. A insolência nos movimentos do social: sentidos interditados na favela do Jacarezinho. Revista Leitura, [S. l.], v. 1, n. 76, p. 250–266, 2023. DOI: 10.28998/2317-9945.202376.250-266. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/14195. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Estudos Linguísticos: Análise do Discurso da/na sociedade capitalista