Processos de interdição e censura: Povos que não podem ser de dentro
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202377.49-62Resumo
A partir de um gesto de análise do apagamento da obra Povo de Dentro, do artista Douglas Leoni, das paredes da Fundação Cultural de Brusque em setembro de 2021, o objetivo deste ensaio é compreender como se dão os processos de interdição e censura das artes no avanço das práticas neoliberais que vão desenhando estados totalitários e excludentes que negam a arte, a educação a cultura e a ciência. Estados que criminalizam os ativismos e as artes que expõem as lutas de classe e denunciam a violência do estado burguês. Desta forma, interessa os modos como os sentidos de “pichação” deslizam na imprensa, através da tensão entre o político e a ordem policial. Para isso, foram mobilizadas as noções de de arte inespecífica, de partilha do sensível, de discurso político na tensão com o chamado discurso de ódio, tomando como ancoragem a Análise de Discurso franco-brasileira.