Do contexto ao intertexto: ecos da literatura francesa em Canaã
DOI :
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202481.202-216Résumé
Cet article analyse Canaã (GRAÇA ARANHA, 1902) ayant comme base les relations littéraires France-Brésil, dans le but de trouver des éléments intertextuels dans la composition du roman. On propose une réflexion sur l'univers esthétique-sensoriel de l'auteur qui était lecteur des Français, comme tous les intellectuels de son époque, où le Brésil vivait sous la domination culturelle de la France. Tout d’abord, on mène une réflexion sur le processus de composition du roman, lequel a une relation avec le temps où Graça Aranha a vécu dans l’Espírito Santo, en le comparant à la méthode de Zola. Ensuite on discute des traits romantiques, réalistes et pré-romantiques (ou des Lumières) présents dans l'œuvre. Finalement, on établit un parallèle entre le regard du personnage Milkau sur le Brésil , les discours de Montaigne et l'expérience de Villegagnon dans le Brésil du XVIe siècle. Les analyses s'appuient sur la théorie critique de Michel Espagne (2012), Samoyault (2008), Candido (2005), Carvalhal (2003), Perrone-Moisés (2001), Carelli (1994), Brunel et Chevrel (1989), Julia Kristeva (1974), entre autres
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