A representação do objeto museológico em exposição virtual: análise da fotografia histórica no Google Cultural Institute
DOI:
https://doi.org/10.28998/10.28998/RITURritur.V5.N0.A2012pp.120-1412012Palavras-chave:
Objeto museológico. Fotografia histórica. Organização da Informação. Exposição virtual. Google Cultural Institute.Resumo
Pela ótica da Organização da Informação, reflete-se acerca da representação do objeto museológico presente nas exposições virtuais do Google Cultural Institute. Mais especificamente, opta-se pela fotografia histórica exibida nas exposições virtuais “Nelson Mandela: anos presidenciais (1994-1999)” e “Hood’s Sydney Harbour (1900-1950)”, do projeto Momentos Históricos, disponibilizadas pelo Gooogle Cultural Institute. Nesta linha de pensamento, questiona-se sobre como o objeto museológico é representado no meio virtual? E se sua descrição em exposições virtuais de museus estaria atendendo as necessidades informacionais do pesquisador? Do ponto de vista metodológico, aplica-se na análise dos dados a proposta de metadados para descrição de fotografia histórica de Padilha e Café (2014). O objetivo é discutir sobre quais metadados são importantes para compor a ficha de catalogação do Google Cultural Institute de modo a aprimorar o acesso aos objetos museológicos, neste caso a fotografia histórica, evidenciando a representação voltada para o contexto virtual e de pesquisa. Os resultados mostram principalmente que na representação da fotografia histórica das exposições virtuais analisadas a) adota-se uma quantidade pequena de metadados, oferecendo poucos pontos de acesso ao objeto museológico, b) verifica-se um baixo índice de metadados comuns nas duas exposições, o que pode prejudicar a interoperabilidade entre as Instituições parceiras, bem como o acesso e recuperação, c) explora-se pouco as potencialidades de descrição e relacionamento de dados ofertadas pelo meio digital, deixando de adotar metadados considerados essenciais a descrição de objetos disponibilizados na web. Os resultados nos levam a concluir que para que as exposições virtuais minimizem as perdas de informação, é preciso que as instituições detentoras de acervo se preocupem em organizar sistematicamente o mesmo, observando as especificidades típicas resultantes das transformações sofridas pelo objeto museológico na passagem do meio físico para o digital.
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