Um “lugar de memória” e seus objetos: a construção de um museu imaginário
DOI:
https://doi.org/10.28998/10.28998/RITURritur.V8.N0.A5942pp.218-2325942Palavras-chave:
Casa de Jorge Amado. Museu. Patrimônio. Objetos – representação.Resumo
Neste estudo consideramos a casa da Rua Alagoinhas, 33, Rio Vermelho, Salvador, Bahia, Brasil, a casa de Jorge Amado como um espaço museológico “feliz,” como um “lugar de memória” e de visitação turística no qual os objetos falam sobre as relações que foram estabelecidas entre o escritor, artistas e artesãos, sobre sua história de vida, andanças e peregrinações. E à medida que entramos na casa, na sua história, vamos refletindo sobre questões que envolvem a memória, o espaço, a casa e a sala de visitas, objetos e coleções. Ele desvela a potencialidade dos objetos como mediadores culturais, através do estudo e análise dos registros dos objetos da casa do escritor Jorge Amado, contidos no livro Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho. Ampliando o escopo das fontes de informação e construção da memória, os objetos têm se configurado como personagens que, em igualdade com os humanos, são partícipes da construção do mundo exercendo uma função social na vida cotidiana das pessoas. O estudo busca, neste acervo e patrimônio, a descoberta de rastros e vestígios que apontem para as redes socioculturais tecidas entre o escritor, artistas e artesãos. Partindo do princípio de que em cada ação de patrimonialização subjaz o desejo de memória, a proposta é analisar a questão da formação de patrimônio, a migração dos objetos, sua origem, trânsito e apropriação, considerando a casa que os abriga como um lugar de memória, como um espaço museológico aberto á visitação pública, com reconhecido potencial turístico.
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