O currículo intercultural da escola indígena akwẽ do tocantins em uma perspectiva decolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13n32p396-409

Palavras-chave:

Currículo intercultural, Escola indígena akwẽ, Perspectiva decolonial

Resumo

O objetivo deste artigo é propor uma reflexão sobre a construção de uma proposta curricular intercultural crítica, por meio de uma perspectiva decolonial, para a educação indígena, em especial, a da que ocorre na escola Wakõmẽkwa,[1] comunidade Riozinho Kakumhu, Povo Xerente do Tocantins, estado da região Norte do Brasil. Partimos dos marcos legais, que regulamentam a educação escolar indígena no âmbito federal e estadual, e adotamos, como suporte teórico-metodológico, autores que pensam o currículo escolar indígena na perspectiva intercultural crítica, tais como: Albuquerque (2014), Diniz; Costa; Diniz (2011), Muniz, (2017) e Santos (2010). A partir de uma pesquisa de campo, utilizando a técnica de roda de conversa com professores indígenas que trabalham na escola Wakõmẽkwa, percebemos ser possível estimular/provocar os agentes da escola a pensar na perspectiva decolonial, a fim de romper com o conhecimento colonizado, a partir de uma reorientação crítica do que seja cidadania, democracia, direitos humanos, humanidades, relações econômicas e suas práticas na sociedade.

 

[1] A Escola Indígena Wakõmēkwa, da Comunidade Riozinho Kakumhu, localizada no estado do Tocantins, foi o locus da pesquisa de campo.

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Biografia do Autor

Raquel Castilho Souza, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2002) e mestrado em Educação pela Universidade de Brasília (2009) e doutorado em Artes pela Universidade Estadual Paulista (2019). Atualmente é Professora efetiva da Universidade Federal do Tocantins ? UFT, Palmas ? Brasil. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, interculturalidade, interdisciplinaridade, subjetividade, desenvolvimento e aprendizagem humana, didática na educação, processos artísticos, experiências educacionais, mediação cultural e trabalho de conclusão de curso.

Karylleila dos Santos Andrade, Karylleila dos Santos Andrade

Possui graduação em Letras pela Universidade do Tocantins (1993), mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo (2006). É professora. associada II da Universidade Federal do Tocantins e atua nos programas de pós-graduação em Letras, câmpus de Araguaína e de Porto Nacional. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase nos estudo do léxico, atuando principalmente nas seguintes áreas: onomástica/toponímia, etnolinguistica e temáticas do léxico voltadas ao ensino. É Bolsista Produtividade PQ2 CNPq.

Tânia Ferreira Rezende, Universidade Federal de Goiás

Licenciatura em Letras: Português e Inglês pelo Centro Universitário UniEvangélica, Mestrado em Letras e Linguística, área de Estudos Linguísticos, pela Universidade Federal de Goiás, Doutorado em Estudos Linguísticos, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-Doutorado na Universidade de São Paulo sob a supervisão do Prof. Dr. Lynn Mário Trindade Menezes de Souza, com o projeto Práticas Interculturais de Letramento no Pluralismo Sociolinguístico. Professora Associada da Universidade Federal de Goiás, atua na graduação e na pós-graduação, com ensino, pesquisa e extensão, na linha de pesquisa Linguagem, Sociedade e Cultura, na área de Linguagem, com ênfase em Sociolinguística, especificamente na Cosmolinguística, priorizando temáticas relacionadas ao Letramento Intercultural, com enfoque em língua portuguesa, Políticas Linguísticas (diversidade e contato linguístico, cultural e epistêmico), Tradução Transcultural, situada na intersecção Gênero, Identidade Étnicorracial, Cultura, Linguagem e Educação Linguística de Grupos Subalternizados. Membra do Projeto de Pesquisa Multilingualism, Linguistic Citizenship and Vulnerability: a comparative focus on South Africa and Brazil, congregando pesquisadores(as) da África do Sul e do Brasil. Sócia da Associação Brasileira de Linguística e da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN). Integrante de Gira Leodegária de Jesus, Líder do Obiah Grupo de Estudos Interculturais Decoloniais da Linguagem. Coordenadora do Laboratório de Políticas e Promoção da Diversidade Linguística e Cultural da Faculdade de Letras/UFG. Coordenadora do Centro de Formação e Apoio Linguístico e Literário Maria Firmina dos Reis da Faculdade de Letras/UFG.

THE INTERCULTURAL CURRICULUM OF THE AKWẼ INDIGENOUS SCHOOL OF TOCANTINS FROM A DECOLONIAL PERSPECTIVE

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Publicado

2021-08-31

Como Citar

SOUZA, Raquel Castilho; ANDRADE, Karylleila dos Santos; REZENDE, Tânia Ferreira. O currículo intercultural da escola indígena akwẽ do tocantins em uma perspectiva decolonial . Debates em Educação, [S. l.], v. 13, n. 32, p. 396–409, 2021. DOI: 10.28998/2175-6600.2021v13n32p396-409. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/12011. Acesso em: 22 dez. 2024.

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