Performance, estilo e gênero no 'rolê' riot grrrl do Rio de Janeiro

Autori

  • Patrick Monteiro do Nascimento Silva Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2018.n.2.5152

Parole chiave:

Riot Grrrl, Performance, Gênero, Feminismo, Punk

Abstract

Este artigo é fruto de uma pesquisa etnográfica de três anos com um grupo de meninas do riot grrrldo Rio de Janeiro, que culminou também na dissertação de mestrado do autor. O trabalho traz um breve histórico da construção do riot grrrlenquanto movimento nos anos 1990 nos Estados Unidos e sua chegada ao Brasil. O texto traz uma reflexão sobre as relações entre “estilo” e “gênero” no contexto do riot grrrl,assim, aborda como o estilo é construído coletivamente, tendo o gênero um papel importante nesta construção. O gênero, no entanto, não é a única dimensão trazida pelas interlocutoras ao discutir o movimento, existem propostas de renovação de pautas para a manutenção de um “viés revolucionário” do estilo, que abrangem um debate sobre raça, sexualidade, corpo, entre outros, através de um olhar do feminismo interseccional. A base para a análise trazida no artigo são as falas em entrevista, a participação em rodas de conversas e em eventos com shows, bem como outros dados obtidos durante a pesquisa.

Palavras-chave:Riot Grrrl. Gênero. Feminismo. Interseccionalidade.

 

Abstract

This article is a result from a research that have last three years with a group of riot grrrls at Rio de Janeiro, which resulted as well in the autor’s master’s dissertation. The paper brings a brief history of the riot grrrl movement’s creation in the 1990s in the United States and its arrival in Brazil. The text brings a reflection about the relations between “style” and “gender” in the context of riot grrrl, therefore, it approaches how style is constructed collectively, while gender having an important role in this construction. The gender, nevertheless, is not the only dimension brought by the research’s interlocutors when discussing about the movement, there are propositions of renewal of agenda through a “revolutionary alignment” of the style, which englobes a debate about race, sexuality and body, among others, through the intersectional feminism point of view. The base for the analysis brought in the article are the talks in the interviews, the participation in group debates and festivals, as well as other data obtained during the research. 

Key-words:Riot Grrrl. Gender. Feminism. Intersectionality.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

ABRAMO, Helena. Cenas juvenis. Punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Editora Página Aberta, 1994.

BIVAR, Antonio O que é punk. 4. Ed São Paulo, SP. Brasiliense, 1988.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Editora Brasileira, 2003.

CARBIN, Maria, EDENHEIM, Sara. A virada interseccional na teoria feminista: um sonho de uma língua comum? European Journal of Women's Studies, pp. 1-16. 2013.

CHAVES, Mariana. Creando estilo: Alternativos en La Plata. In Sanchez, Silvana (org.). El mundo de los jóvenes en la ciudad. Rosário: Laborde Libros Editor. 2005.

CLARKE, John. Style. In. HALL, Stuart; JEFFERSON, Tony (orgs) Resistance through Rituals: Youth subcultures in post-war Britain. Routledge. Second edition, 2006

CLARKE, John, HALL, Stuart, JEFFERSON, Tony, ROBERTS, Brian. Subcultures, cultures and class. In. HALL, Stuart; JEFFERSON, Tony (orgs) Resistance through Rituals: Youth subcultures in post-war Britain. Routledge. Second edition. 2006.

CONNELL, Raewyn. The Social Organization of Masculinity, In. CONNELL, Raewyn. Masculinities - 2nd Edition. University of California Press, 2005

CROSSLEY, Nick. The man whose web expanded: Network dynamics in Manchester’s post/punk music scene 1976–1980. Poetics, Ed. 37. p. 24–49. 2008.

DOUGLAS, Mary. Pureza e Perigo. São Paulo: Perspectiva, 1976.

DON’T NEED YOU: the herstory of riot grrrl. Direção: Keri Koch. Produção: Urban Cowgirl Productions. Los Angeles: Urban Cowgirl Productions. 2005. DVD

GRIFFIN, Naomi. Gendered Performance Performing Gender in the DIY Punk and Hardcore Music Scene. Journal of International Women's Studies, 13(2), 66-81. 2012

HARAWAY, Donna. "Gênero" para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cad. Pagu [online]. n.22, pp.201-246. 2004

HEBDIGE, Dick. Subculture: the meaning of style. Routledge. Taylor & Francis e-Library. 2002.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, n. 1, jun. pp. 61-73. 2014

HUMMEL, Calla. Tenho Minhas Ideias e Não Posso Ficar Calada: Riot Grrrl in Brazilian Civil Society, Intersections 10, no. 3, p. 69-110. 2009.

MAGNANI, José Guilherme. Circuito de jovens. Da periferia ao centro: trajetórias de pesquisa em Antropologia Urbana. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2012

MARCUS, Sara. Girls to the Front: The True Story of the Riot Grrrl Revolution. HarperCollins. Edição do Kindle. 2010.

MILLER, Daniel. Trecos, troços e coisas: Estudos antropológicos sobre a cultura material. Zahar. 2013.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos históricos, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

SCHAFER, Murray. A Afinação do Mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011

SILVEIRA, Natália. “Os assuntos que discutimos são a cara da nossa luta” Um estudo antropológico dos debates feministas em meio às possibilidades de sociabilidade online. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Porto Alegre. 2013

SNYDER, R. Claire. What Is Third‐Wave Feminism? A New Directions Essay. The University of Chicago Press. Signs, Vol. 34, No. 1, pp. 175-196. 2008

Pubblicato

2019-10-13

Come citare

MONTEIRO DO NASCIMENTO SILVA, Patrick. Performance, estilo e gênero no ’rolê’ riot grrrl do Rio de Janeiro. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 12, n. 2, p. 136–161, 2019. DOI: 10.28998/lte.2018.n.2.5152. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/5152. Acesso em: 6 ott. 2024.

Fascicolo

Sezione

Dossiê "Cenas musicais: performances artísticas, consumos e estilos de vida"

Articoli simili

<< < 1 2 3 4 5 > >> 

Puoi anche Iniziare una ricerca avanzata di similarità per questo articolo.