Atos ameaçadores da face e o estigma social caracterizado por culpas de caráter em casos de violência contra mulheres
Palabras clave:
Violência contra mulheres, Face, Estigma, Culpas de caráterResumen
Este trabalho advém do Grupo de Pesquisa “Estudos da Língua Falada”, cadastrado no CNPq, e visa a analisar os relatos orais de mulheres que sofreram violência doméstica, discutindo as relações entre os atos ameaçadores da face e o estigma social caracterizado por culpas de caráter. O arcabouço teórico está fundamentado, principalmente, em Goffman (1974 [1967]), (2004 [1963]), Brown e Levinson (1987 [1978]) e Kerbrat-Orecchioni (2006), entre outros autores. O corpus é formado por depoimentos extraídos do documentário “Todas podem ser vítimas”, disponibilizado na plataforma YouTube, e do “Jornal de Rondônia - 1ª edição”, veiculado pelo portal de notícias G1. De acordo com os resultados, evidenciamos a frequência de atos que ameaçam a face positiva das mulheres, já que, ao serem criticadas e desaprovadas por seus parceiros por meio de acusações e insultos, suas autoimagens públicas são prejudicadas. Vale ressaltar que, além da violência física, verbal e psicológica, essas vítimas temem, ainda, a rejeição social, pois sentem que passaram a ser diferentes aos olhos dos outros em função do estigma que as torna indivíduos socialmente desvalorizados.
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Citas
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