À Luz de Jorge de Lima: uma Releitura do Poema “Remissão”

Autores

  • Cleber Ranieri Ribas de Almeida UFPI/Professor Associado

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.202274.130-143

Resumo

Neste artigo proponho cotejar o poema “Remissão”, de Carlos Drummond de Andrade, com o soneto 18 do Livro de Sonetos, de Jorge de Lima. A principal semelhança entre os dois poemas está na reiteração da metáfora da lesma, uma imagem que Drummond extraiu do poema de Jorge, mas cujo sentido último remonta ao Salmo 58:9, de David. Para além dessa metáfora sálmica, cotejarei sete passagens nas quais os dois poemas apresentam versos, imagens e metáforas semelhantes. Após tal paralelo, tentarei provar que a dessacralização do monumento poético, tratado como coisa perecível por Drummond, em “Remissão”, em verdade, é uma resposta camusiana do poeta mineiro às teses místicas do soneto 18, de Jorge de Lima.

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

RIBAS DE ALMEIDA, Cleber Ranieri. À Luz de Jorge de Lima: uma Releitura do Poema “Remissão”. Revista Leitura, [S. l.], v. 1, n. 74, p. 130–143, 2022. DOI: 10.28998/2317-9945.202274.130-143. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/13527. Acesso em: 17 set. 2024.