Turismo e Observação de espécies em Parques Urbanos: a percepção dos visitantes sobre o aquário Jacques Huber do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi – Belém (PA)
DOI:
https://doi.org/10.28998/10.28998/RITURritur.V12.N1.A13007pp.93-11513007Palavras-chave:
Aquário, Jacques Huber, Turismo, Amazônia, MuseuResumo
O turismo de observação é um segmento do ecoturismo voltado à contemplação do ambiente natural ou um de seus elementos, tais como aves, mamíferos e relevo. Com relação à observação de fauna, o aquário é um dos importantes ambientes na contemplação da ictiofauna, assim como é um espaço propício ao lazer e à Educação Ambiental (EA). O Aquário Jacques Huber (AJH) do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) está localizado em Belém (PA) e possui várias espécies aquáticas e répteis da Amazônia adequados para o turismo de observação. Inaugurado em 1911, é considerado o mais antigo aquário público do Brasil. O objetivo deste artigo foi identificar a percepção dos visitantes acerca do espaço, bem como sua acessibilidade, sinalização, climatização e infraestrutura, como também se o mesmo se constituiem um canal de EA e o perfil de seus visistantes. Além da pesquisa bibliográfica, aplicou-se 157 questionários semiestruturados e fechados, no período de março a maio de 2019 com enfoque qualiquantitativo, cujo resultado o classificou como excelente. Entretanto, o público apontou a necessidade de mais monitores para fortalecer a perspectiva educativa do espaço. Concluiu-se, portanto, que o AJH possui uma estrutura acessível aos seus visitantes, porém há a necessidade de percebê-lo enquanto local de educação e de conhecimento informal, através de um sistema de monitoria mais consolidado e eficaz.
Downloads
Referências
ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
ARAÚJO, M.;ISAYAMA, H. F. As fronteiras entre lazer e turismo. In: ISAYAMA, H. F; . OLIVEIRA, L. M. F.; SOUZ, T. R.; SILVA, S. R. (Orgs.). Coletânea do X Seminário O Lazer em DebateBelo Horizonte: UFMG/DEF/CELAR, 2009. p. 145-150.
BALON, E. K. Origin and domestication of the wild carp, Cyprinus carpio: from Roman gourmets to the swimming flowers. Aquaculture, 129 (1), p. 3-48, 1995.
BARRETTO, M. Turismo, políticas públicas e relações internacionais. Campinas, SP: Papirus, 2003.
BENTZ, J.; LOPES, F.; CALADO, H.; DEARDEN, P. Enhancing satisfaction and sustainable management: whale watching in the Azores. Tourism Management, 54, p. 465-476, 2016.
BONATTO, I. T.; MAINARDES, D.; MENDES, J. M.;SILVA, M. C. Práticas de educação ambiental em espaços públicos da cidade de Curitiba PR. Revista Educação & Tecnologia, 13, p. 1-13, 2013. Disponivel em: http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/view/1710/1250. Acesso em: 27 mai. 2021.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa de Turismo nos Parques. Brasília: MMA/ICMBio/Embratur, 2008.
BRUMATTI, P. N. M. O papel do turismo de observação da vida selvagem para a conservação da natureza. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, 6(4), p.191-206, 2013. Disponivel em: https://www.researchgate.net/publication/334177135_O_papel_do_turismo_de_observacao_da_vida_selvagem_para_a_conservacao_da_natureza. Acesso em: 07 jul. 2020.
BRUNNER, B. The ocean at home: an illustrated history of the aquarium. New York: Princeton University Press, 2005.
CAVALCANTE, P. B. O Herbário do Museu Goeldi. Belém: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Museu Paraense Emílio Goeldi, 1984.
COE, C. M.; ARAUJO, R. C. P. Análise da sustentabilidade da cadeia produtiva de peixes ornamentais na Região Metropolitana de Fortaleza-CE. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 48, 2010, Campo Grande Anais [...]. Campo Grande. Disponivel em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/3760/1/2010_eve_cmcoe.pdf. Acesso em 20 jul 2020.
CUNHA, O. R. Jacques Huber (1867-1914). Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. Hum., Belém, 4(3), set/dez, p. 489-502, 2009. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/bmpegch/v4n3/v4n3a10.pdf. Acesso em: 18 ago. 2020.
DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1973.
FARIAS, G. B. A observação de aves como possibilidade ecoturística. Revista Brasileira de Ornitologia, 15(3), 474-477, 2007.
FERRAZ, J. D., et al. Aquarismo “jumbo”: representa um potencial para introdução de espécies no Brasil? Oecologia Australis, 23(3), 519-535, 2019. Disponivel em: https://doi.org/10.4257/oeco.2019.2303.11. Acesso em: 20 jul. 2020.
FURTADO, V. Acessibilidade é desafio para o desenvolvimento do turismo paraense. O Liberal. 27.10.2019. Disponivel em: https://www.oliberal.com/para/acessibilidade-e-desafio-para-o-desenvolvimento-do-turismo-paraense-1.207193. Acesso em: 27 maio. 2021.
GELLER, I. V. Aquarismo no Brasil: do simples ao complexo e o descarte de espécies não nativas. BSBI, 131, p.33-52, 2020. Disponivel em: https://www.sbi.bio.br/images/sbi/boletim-docs/2020/marco_131.pdf. Acesso em: 20 jul. 2020.
GUEDES, N. L. S.;LEÃO, R. M. Elementos para análise da sinalização de pontos turísticos. GRAPHICA, p.1-9, 2007. Disponivel em: http://www.exatas.ufpr.br/portal/docs_degraf/artigos_graphica/ELEMENTOSPARA.pdf. Acesso em 27 mai. 2021.
GURJÃO, L. M. Legislação brasileira aplicada ao aquarismo marinho: a torre de babel ornamental. Labomar – Arquivo de Ciências do Mar, Fortaleza, 51(1), p.130-139, 2018. Disponivel em: http://www.periodicos.ufc.br/arquivosdecienciadomar/article/view/19328. Acesso em: 20 jul 2020.
HOYT, E.; IÑÍGUEZ, M. Estado del avistamiento de cetáceos en América Latina. Chippenham, Inglaterra: WDCS, 2008.
IGNARRA, L. R. Fundamentos do turismo. São Paulo: Pioneira, 2001.
KISLING JUNIOR., V. N. Old collection sand menageries. In: KISLING JUNIOR, V. N. (Ed.). Zoo and aquarium history: ancient animal collections to zoological gardens. Boca Raton: CRC Press, 2001, p. 1-48.
LACERDA, L. L. L. Interface turismo-lazer: encontros e desencontros. SEMINÁRIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO, 4, 2007, São Paulo. Anais [...]. São Paulo. Disponivel em: https://www.anptur.org.br/anais/anais/files/4/150.pdf. Acesso em: 08 jul. 2020.
LAGE, B. H. G. Economia do turismo. São Paulo: Atlas, 2001.
LOUV, R. Last child in the woods: saving our children from nature deficit disorder. Chapel Hill: Algonquin Books, 2008.
MANSINA, R. Introdução ao estudo do turismo: conceitos básicos. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002.
MARUJO, N. O estudo de caso na pesquisa em turismo: uma abordagem metodológica. Turismo: Estudos & Práticas, Mossoró/RN, 5(1), p. 113-128, 2016. Disponivel: http://periodicos.uern.br/index.php/turismo/issue/view/139. Acesso: 08 jul. 2020.
MCFARLANE, B. L.; BOXAL, P. C. Paricipation in wildlife conservation by birdwatchers. Humans Dimensions of Wildlife, 1(3), p.1-14, 1996.
MECCA, M. S.; GEDOZ, M. G. A. Covid-19: reflexos no turismo. Rosa dos Ventos: Turismo e Hospitalidade, 12(3), p. 1-5, 2020 Disponivel em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/view/8902. Acesso em: 08 mai. 2021.
MEDEIROS, F. L. F.;ALBUQUERQUE, L. A Apa da Baleia Franca e o turismo de observação de baleias embarcado (Tobe): sustentabilidade ou exploração animal? Revista de Biodireito e Direito dos Animais, Minas Gerais, 1(2), p.30-53, 2015. Disponivel em: https://www.indexlaw.org/index.php/revistarbda/article/view/17. Acesso em: 20 jul. 2020.
MINTZER, V. J. et al. Effect of illegal harvest on apparent survival of Amazon River dolphins (Inia geoffrensis). Biological Conservation, 158, p.280-286, 2013.
MONACO, J. Observação de aves é nicho em franco crescimento no Brasil, 2019. Disponivel em: www.panrotas.com.br/mercado/eventos/2019/11/observacao-de-aves-e-nicho-em-franco-crescimento-no-brasil_169322.html#:~:text=Apenas%20em%202019%2C%20foram%20realizados,100%20mil”%2C%20afirma%20Carvalho. Acesso em: 20 jul. 2020.
MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI. Aquário Jacuqes Huber, s.d. Disponível em: https://www.museu-goeldi.br/assuntos/visitacao/aquario-jacques-huber-1. Acesso em: 08 mai. 2021.
PAIVA, M. F. S. Técnicas de aquarismo em aquários públicos: desenvolvimento de novas técnicas. Relatório de estágio para obtenção do grau de Mestre em Aquacultura. Leiria: Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, Instituto Politécnico de Leiria, 2011. Disponivel em: https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/586/1/Mestrado%20em%20Aquacultura_%20Miguel_Paiva.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.
PANOSSO NETTO, A. O que é turismo. São Paulo: Brasiliense, 2010.
PARÁ. Belém da Saudade: a memória de Belém do início do século em cartões-postais (2ª ed.). Belém: SECULT. 1998. Disponivel em: https://fauufpa.files.wordpress.com/2015/03/belc3a9m-da-saudade.pdf. Acesso em 15 mar. 2020.
PIVATTO, M. A. C;, SABINO, J.; FAVERO, S. ; MICHELS, I. L. (2007). Perfil e viabilidade do turismo de observação de aves do Pantanal Sul e Planalto da Bodoquera (Mato Groso do Sul) segundo interesse dos visitantes. Revista Brasileira de Ornitologia, 15(4), p. 520-529, 2007.
PIVETTA, M.Ilha de calor na Amazônia. Pesquisa FAPESP, 200, out. 2012. Disponivel em: https://revistapesquisa.fapesp.br/ilha-de-calor-na-amazonia/. Acesso em: 27 mai. 2021.
PLÁCIDO, R. A. A.. Viabilidade prática de observação de aves em unidades de conservação da Amazônia: um estudo de caso da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Japim- Pentecoste, município de Mâncio Lima, Acre. , 2017, 79 f. Dissertação (Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia (GAP)) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus,2017 .
RIBEIRO, F. A. S.; CARVALHO UNIOR, J. R.; FERNANDES, J. B. K;, NAKAMURA, L. . Comércio brasileiro de peixes ornamentais. Panorama da Aquicultura, 110, p. 54-59, 2008. Disponivel em: https://www.researchgate.net/profile/Jaime-Carvalho-Junior/publication/313904504_Comercio_Brasileiro_de_Peixes_Ornamentais/links/58b4780daca2725b541c39df/Comercio-Brasileiro-de-Peixes-Ornamentais.pdf. Acesso em: 12 jul. 2020.
ROCHA, T. F. S. Refletindo sobre memória, identidade e patrimônio: as contribuições do programa de Educação Patrimonial do MAEA-UFJF. ENCONTRO REGIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA/ANPUH-MG, 18, 2012, Mariana. Anais [...]. Mariana, UFMG. Disponivel em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/24/1340766055_ARQUIVO_Artigo-Anpuh.pdf. Acesso em: 26 mai. 2021.
SANJAD, N. Emílio Goeldi (1859-1917): aventura de um naturalista entre a Europa e o Brasil. Rio de Janeiro: EMC, 2009.
SANTOS, L. C.; GALLON, V. P.; VIRGA, R. H. P. Educação ambiental realizada no Aquário Acquamundo, Guarujá. Revista Ceciliana 1(2), p.57-61, 2009. . Disponivel em: https://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_02/2-2009-57-61.pdf. Acesso em: 07 jul 2020.
SCOPEL, J. M.; SCHNEIDER, V. E.; VILLAS-BOAS, V.; CAVALLI, G. L. O aquarismo na escola: conhecer para preservar os ecossistemas aquáticos. In: MACHADO, C. P. (Org.). Ensino de ciências: práticas e exercícios para a sala de aula . Caxias do Sul: Educs, 2017, p. 86-96.
SILVA JUNIOR., J. M.;SILVA, F. L. Importância econômica do turismo de observação de golfinhos no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha no ano de 2007. ENCONTRO NACIONAL SOBRE CONSERVAÇÃO E PESQUISA DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS, 5, 2008, São Vicente. Anais [...]. São Vicente, São Paulo.
SILVA, S.; CARVALHO, P. O turismo de jardins em Portugal: realidade ou utopia? Uma análise aos tours de jardins no país. Turismo e Desenvolvimento, 4(21/22), p. 447-458, 2014. Disponivel em: https://www.researchgate.net/publication/311426946_O_turismo_de_jardins_em_Portugal_realidade_ou_utopia_Uma_analise_aos_tours_de_jardins_no_pais. Acesso em: 22 jul.2020.
SILVA, L. A. F.; MORTZ, T.; CAMARA, M. G.; SIGNORETTI, A.). Turismo de observação de cetáceos no litoral sul do Rio Grande do Norte, Brasil. Turismo e Desenvolvimento, 4(21/22), p.423-436, 2014. Disponivel em: http://each.usp.br/turismo/publicacoesdeturismo/ref.php?id=49385. Acesso em: 20 jul.2020.
SILVA, F. S.; SANTOS, S. D. F.;TERÁN, A. F. O Jardim Zoológico do CIGS: um espaço estratégico para despertar a sensibilização ambiental. REAMEC, Cuiabá, 7(2), p. 280-292, 2019. Disponivel em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/8724. Acesso em: 18 ago. 2020.
SOUZA, G. R. S. A ictiofauna de um riacho costeiro em Cananeia-SP: composição, história natural e seu uso na implementação de atividade de turismo sustentável, 2019 101f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade de Ambientes Costeiros), Universidade Estadual Paulista, São Vicente., 2019.Disponivel em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/181444. Acesso em: 20 jul. 2020.
STAMBUK, G. K. U. Oceanário de Florianópolis. Monografia (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo), 2019, 116f. Universidade do Sul de Santa Catarina, Florianópolis, 2019. Disponivel em: https://www.riuni.unisul.br/handle/12345/9432. Acesso em: 18 ago. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação simultaneamente disponibilizada de acordo com uma Licença Creative Commons 4.0 Brasil, permitindo o compartilhamento sem fins lucrativos de sua obra pelo seu uso/citação de modo referenciado (com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista).