As comunidades de práticas de Wenger e a praxiologia de Bourdieu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/cirev.%25y91-12

Palavras-chave:

Comunidades de práticas. Praxiologia. Comunidades virtuais.

Resumo

Realiza revisão de literatura, relacionando as ideias do autor precursor do termo comunidades de práticas Etiene Charles Wenger com a praxiologia de Pierre Félix Bourdieu.  Wenger considera como elementos principais das comunidades de práticas o domínio, a comunidade e a prática, enquanto Bourdieu estabelece abordagem epistemológica e organiza o pensamento social em dois tipos de conhecimento, o objetivismo e a fenomenologia. Ao usar as práticas das ações humanas, baseando-se no habitus, identificam-se sistemas aos quais o indivíduo se adapta, e, teoricamente, também surgem semelhanças entre as comunidades de práticas e a praxiologia, exemplificadas pelo condicionamento dos atores à sociedade e às suas relações de força, domínio, lutas e estratégias. Portanto, ao estudar as comunidades de práticas versus a praxiologia, certifica-se que a aprendizagem coletiva se fortalece, resultando num compartilhamento de informações entre os membros da comunidade.

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Biografia do Autor

Kleber José de Lima da Costa Barros, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba

Joana Coeli Ribeiro Garcia, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba

Marynice de Medeiros Matos Autran, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais pela Universidade do Porto
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba

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Publicado

2023-04-01

Como Citar

Lima da Costa Barros, K. J. de, Garcia, J. C. R., & Medeiros Matos Autran, M. de. (2023). As comunidades de práticas de Wenger e a praxiologia de Bourdieu. Ciência Da Informação Em Revista, 9(1/3), 1–12. https://doi.org/10.28998/cirev.%y91-12

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