Núm. 10 (2020): Catástrofes: cidades, desafios e emergências
O ano de 2020 teve início com a notícia em 23 de janeiro que a província de Wuhan, capital de Hubei na China, estava em quarentena, isolada do mundo, por causa de um surto provocado por um coronavírus do tipo SARS, o SARS-Cov-2. Cinco meses depois da declaração em 11 de março de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo contabiliza mais de 48 milhões de casos e mais de 1 milhão e 200 mil mortes; mais de 5,5 milhões de casos no Brasil com mais de 160 mil mortes (dados de novembro de 2020). Uma catástrofe com números assustadores, principalmente quando pensamos na velocidade de contágio, na inexistência de cura até o momento e nas famílias que perderam pai, mãe, filhos, avós, parentes e amigos(as).
O tema, “Catástrofes: cidades, desafios e emergências”, desta 10ª edição da Revista Ímpeto parece refletir o contexto de pandemia da Covid-19. Na verdade, ele foi idealizado no final de 2019 com objetivo de difundir discussões e proposições relativas aos desafios frente às adversidades do viver urbano em diversos enfoques, por meio de reflexões vigentes sobre o tema no âmbito da graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo e áreas afins. Catástrofes como desastres naturais, política e planejamento urbano excludente, degradação e perda do patrimônio cultural e natural, o morar e a mobilidade urbana precários, dentre outros acontecimentos contínuos ou isolados pelo Brasil, foram vislumbrados no contexto da temática que em 2020 agravaram-se em função dos desdobramentos e consequências da pandemia do SARS-Cov-2.
Assim, após os processos de submissão, avaliação, revisão e diagramação, a 10ª edição da Revista Ímpeto entrega à sociedade 12 artigos com reflexões sobre o tema das catástrofes nas cidades nas mais diferentes magnitudes. Esses artigos são apresentados em três seções intituladas Urbanismo, Teoria e Projeto, e mais um artigo especial.