Morte à venda: discurso capitalista e cinismo ideológico no mercado de jazigos

Autores

  • Mércia Sylviane R. Pimentel Universidade Federal de Alagoas – UFAL

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.201250.163-183

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Morte, Mercadoria

Resumo

O espectro de temor que ronda a morte criado pela cultura ocidental parece não ter afetado o mercado funerário contemporâneo, que investe maciçamente em propagandas que unem ironia e humor para vender aos sujeitos a ideia de um planejamento fúnebre de cunho financeiro. Levando isso em consideração, este artigo pretende compreender os efeitos de sentido que esse “novo” discurso sobre a morte possibilita, recorrendo aos conceitos de mercadoria e fetiche (Marx) e cinismo como forma de ideologia (Zizek). A Análise do Discurso (AD) pecheutiana é tomada como arcabouço teórico-metodológico norteador. Quanto às materialidades discursivas, são trazidos anúncios de jazigos divulgados por um cemitério de Maceió/AL, considerando os dizeres e as imagens apresentados em seus efeitos de evidência. A morte é apropriada pelo sistema capitalista, que produz mercadorias para satisfação de necessidades que não são imediatas, tentando desenvolver uma cultura de consumo, que tem na reprodução do capital seu principal objetivo.

 

DOI: 10.28998/2317-9945.2012v2n50p163-183

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Biografia do Autor

Mércia Sylviane R. Pimentel, Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Doutoranda em Linguística/Análise do Discurso.
Universidade Federal de Alagoas – UFAL

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Como Citar

R. PIMENTEL, Mércia Sylviane. Morte à venda: discurso capitalista e cinismo ideológico no mercado de jazigos. Revista Leitura, [S. l.], v. 2, n. 50, p. 163–183, 2014. DOI: 10.28998/2317-9945.201250.163-183. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/1153. Acesso em: 16 set. 2024.

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