Cotas raciais nas Universidades Públicas Federais: identidade, auto referência e reconhecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12nEsp2p403-422

Palavras-chave:

Cotas raciais, Universidades, Identidade, Reconhecimento.

Resumo

Neste artigo investiga-se e se discute as cotas raciais nos processos de seleção e ingresso nas Universidades públicas federais. Esta política tem menos de 10 anos de implementação no Brasil e, apesar de bons resultados obtidos, segue sendo tema de controvérsias. Quer-se discutir esta política a partir do conceito de reconhecimento em Habermas e Honneth. O reconhecimento parte de uma noção distinta da idealização identitária, sendo ele uma construção intersubjetiva. A discussão que denominamos culturalista das cotas raciais parte da noção de identidade como substância e distinção. Quer-se fazer uma crítica dessa perspectiva teórica e prática. Em seguida será apresentado uma questão inusitada na política de cotas raciais nas universidades: a autoreferência da identidade racial nos processos abriu as portas para fraudes, e muitas delas foram identificadas e punidas. Este fato demanda a discussão de quem são os indivíduos que cabem nas cotas raciais. A autoreferência torna-se insuficiente para definir raça e, o reconhecimento pelo outro é ele mesmo uma validação numa dinâmica intersubjetiva.

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Biografia do Autor

Clóvis Ricardo Montenegro de Lima, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)

Pesquisador titular do Instituto brasileiro de informação em Ciência e tecnologia.

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

MONTENEGRO DE LIMA, Clóvis Ricardo; ANDRADE, Maribel da Rosa; LOPES WILKE, Valeria Cristina. Cotas raciais nas Universidades Públicas Federais: identidade, auto referência e reconhecimento. Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. Esp2, p. 403–422, 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12nEsp2p403-422. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/11075. Acesso em: 12 ago. 2024.

Edição

Seção

Artigos