Formação de professores de química

relações entre o campo educacional, tecnológico e econômico

Autores

  • Nyuara Araújo da Silva Mesquita Universidade Federal de Goiás - UFG
  • Kenia Cristina Moura de Oliveira Silva Universidade Federal de Goiás - UFG

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13nEsp2p49-65

Palavras-chave:

Formação de Professores, Licenciatura em Química, Bourdieu, Capital Científico

Resumo

O presente artigo é parte de uma pesquisa de doutorado. Foi proposta a delimitação e caracterização do subcampo de Formação de Professores de Química no Brasil e a análise do conhecimento preponderante na constituição do capital científico de cursos de licenciatura em química a partir da perspectiva bourdieusiana. A base metodológica utilizada foi a Sociologia reflexiva de Bourdieu e a análise considerou a realidade de cinco cursos de licenciatura em Química de universidades federais no Brasil. Os dados da pesquisa foram formados a partir da análise das matrizes curriculares desses cursos e dos currículos Lattes dos respectivos professores. Constata-se que, embora a área de ensino de Química seja relativamente nova, ela vem se consolidando de forma significativa, entretanto, o conhecimento específico da Química é mais preponderante na constituição do capital científico no subcampo de FPQ.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nyuara Araújo da Silva Mesquita , Universidade Federal de Goiás - UFG

Licenciada, mestre e doutora em Química pela Universidade Federal de Goiás. Professora associada da área de Ensino de Química na Universidade Federal de Goiás, orientando no mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Química do Instituto de Química-UFG e no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da UFG, coordenadora de área do PIBID/Química UFG campus Goiânia (Edição 2020), coordena o LEQUAL- Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas. Pesquisadora colaboradora da Rede Latino-Americana de Pesquisa em Educação Química (RELAPEQ) desde a criação da rede em 2014. É pesquisadora do NUPEC-Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências da UFG. Vice-diretora da Divisão de Ensino da Sociedade Brasileira de Química nas gestões 2016-2018 e 2018-2020. Editora da seção de Educação da Revista Química Nova. Responsável pela seção "Relatos de Sala de Aula" da Revista Química Nova na Escola. Atuou como Coordenadora Pedagógica da área de Ciências da Natureza na avaliação do PNLD/2021. Desenvolve pesquisas na área de Ensino de Química, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores de Química/Ciências, Educação Ambiental, políticas públicas e ensino de Química, jogos e atividades lúdicas voltadas para o ensino de Química e mídias no ensino de Química. 

 

http://lattes.cnpq.br/6971106875143413

Kenia Cristina Moura de Oliveira Silva, Universidade Federal de Goiás - UFG

Possui graduação em Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2013) e mestrado em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2016). Foi professora substituta do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Tem experiência na área de Educação e Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: identidade docente e formativa, educação pela pesquisa, estágio docente e capital científico e pedagógico. Atualmente é doutoranda em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás e participante do Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL).

 

http://lattes.cnpq.br/0641086497428696

Referências

ALVES, D. A.; MESQUITA, N. A. S. O Contexto formativo das Licenciaturas em Química no IF Goiano e suas implicações na perspectiva profissional dos licenciandos. Revista Virtual de Química. v. 12 n. 6, 2020. p. 143-40

BOURDIEU, P. Escritos de Educação. CATANI, Afrânio; NOGUEIRA, Maria Alice. (org.). Petrópolis: Vozes; 1998. Cap. II, VII e IX.

BOURDIEU, P.Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.

BOURDIEU, P. A gênese dos conceitos de habitus e de campo. O poder simbólico. Rio de Janeiro, Lisboa: Difel e Bertrand Brasil, 1989. p. 59-73.

BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORITIZ, R. (org.). A Sociologia de Pierre Bouridieu. São Paulo: Olho d’Água, 2003.

BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do campo científico. UNESP: São Paulo, 2004.

CATANI, A. M.; OLIVEIRA, J. F.; DOURADO, L. F. Política educacional, mudanças no mundo do trabalho e reforma curricular dos cursos de graduação no Brasil. Educação & Sociedade, n. 75, ago.2001. Campinas – SP: Cedes, 2001. p.67-83.

DIAS-DA-SILVA, M. H. G. F.; MUZZETI, L. R. Licenciaturas Light: resultados das lutas concorrenciais no campo universitário? In: Contexto e Educação. UNIJUÍ, n. 75, 2006, p. 11-28.

DINIZ-PEREIRA, J. E. A construção do campo de pesquisa sobre formação de professores. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 22, n. 40, 2013. p. 145-54.

GARCIA, M. M. A. O Campo das Produções Simbólicas e o Campo Científico em Bourdieu. Cadernos de Pesquisa. n. 97, 1996, p. 64-72.

MESQUITA, N. A. S.; SOARES, M. H. F. B. Aspectos históricos dos cursos de licenciatura em química no brasil nas décadas de 1930 a 1980. Química Nova, v. 34, n. 1, 165-174, 2011.

KASSEBOEHMER, A. C.; FERREIRA, L. H. O espaço da prática de ensino e do estágio curricular nos cursos de formação de professores de química das IES públicas paulistas. Química Nova. v. 31. n. 3, 2008, p. 694-9.

MASSI, L.; VILLANI, A. O destino social dos licenciandos e bacharéis em Química: um estudo de caso sobre a formação de professores no plano microssociológico. Pro-posições. v. 31. Campinas, 2020.

OLIVEIRA, João F.; PESSOA, Jadir de Morais. O método em Bourdieu. In: PESSOA, J. M.; OLIVEIRA, J. F. (Orgs.). Pesquisar com Bourdieu. Goiânia: Cânone Editorial, 2013, p.15-30.

ORTIZ, R. A procura de uma sociologia da prática. In: Pierre Bourdieu. Col. Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1983, p. 7-36.

SCHNETZLER, R. P. A Pesquisa em ensino de química no Brasil: conquistas e perspectivas. Química Nova, v. 25, 2002. p. 14-24

SCHNETZLER; R. P. SOURA, T. A. O desenvolvimento da pesquisa em educação o seu reconhecimento no campo científico da química. Rede latino-americana de pesquisa em educação química. v. 2, n. 1, 2018.

SCHÖN, D. El profesional reflexivo: como piensan los profesionales cuando actúan. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1998.

SILVA, K. C. M. O. Estágio Supervisionado na Formação Inicial de Professores: O Dito e não Dito nos PPC de Licenciatura em Química. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Pró Reitoria de Pós-Graduação, Universidade Federal de Goiás, 98 p. 2016.

TEIXEIRA, F. M. Uma análise das implicações sociais do ensino de ciências no Brasil dos anos 1950-1960. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. v. 12, n. 2, 2013. P. 269-86

Downloads

Publicado

2021-11-30

Como Citar

MESQUITA , Nyuara Araújo da Silva; SILVA, Kenia Cristina Moura de Oliveira. Formação de professores de química: relações entre o campo educacional, tecnológico e econômico. Debates em Educação, [S. l.], v. 13, n. Esp2, p. 49–65, 2021. DOI: 10.28998/2175-6600.2021v13nEsp2p49-65. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/13045. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Formação Docente em Química: foco e intersecções para ampliar o entendim

Artigos Semelhantes

<< < 68 69 70 71 72 73 74 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.