A cobertura jornalística dos ataques de 11 de setembro de 2001 pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo: uma análise discursiva
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202169.428-441Palavras-chave:
Discurso, Mídia, Terrorismo, Estados UnidosResumo
A partir da Análise do Discurso de tradição francesa, este artigo se propõe a analisar o funcionamento discursivo e os efeitos de sentido presentes na cobertura jornalística dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA. Para isso, as primeiras páginas dos jornais Folha de São Paulo e O Globo do dia seguinte ao acontecimento foram analisadas levando em consideração critérios analíticos capazes de identificar os fatos de linguagem presentes nos enunciados que compuseram essas páginas. Primeiro, uma leitura preliminar da primeira página, em que olhamos as capas em sua totalidade observando como os aspectos visuais, aliados ao verbal, conseguem construir um espaço capaz de chamar a atenção do público. E o segundo critério, é onde colocamos em prática noções como interdiscurso (PÊCHEUX, 2009), formação discursiva (PÊCHEUX, 2009) e acontecimento discursivo (PÊCHEUX, 2012), que se configuraram como verdadeiras ferramentas de trabalho para a análise dos efeitos de sentido que emergiram das práticas discursivas dos sujeitos.