O historiador e a cartomante: diálogo de identidades discursivas em A Hora da Estrela

Autores

  • Roberto Sarmento Lima Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.200128-29.305-316

Palavras-chave:

Discurso, história, paródia, modernidade

Resumo

Na instância narradora de A hora da estrela, Clarice Lispector
combina dois pontos de vista que se cruzam e se auto-repelem: a visão do
historiador factual, Rodrigo S. M., narrador oficial capaz de promover o
discurso sério, verossímil, ligado à tradição das narrativas, e o discurso
inverso, encenado literariamente pela cartomante, que, mesmo sendo
figura da diegese, e não da enunciação, se imiscui metaforicamente no ato
de narrar, pelo qual são postos em xeque a concepção beletrista da
literatura e o conceito verista de ilusão da realidade que as narrativas, de
um modo geral, já alçaram a critério de representação literária.

 

DOI: 10.28998/0103-6858.2001n28-29p305-316

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Publicado

2019-04-01

Como Citar

LIMA, Roberto Sarmento. O historiador e a cartomante: diálogo de identidades discursivas em A Hora da Estrela. Revista Leitura, [S. l.], v. 2, n. 28-29, p. 305–316, 2019. DOI: 10.28998/2317-9945.200128-29.305-316. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/7524. Acesso em: 18 nov. 2024.

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