A resistência feminina pelo bordado
DOI:
https://doi.org/10.28998/2317-9945.202169.122-132Palavras-chave:
Bordado. Discurso político. Resistência política. Metáfora. Intervenção urbanaResumo
Discutimos neste trabalho o bordado feminino de resistência, como ação política de intervenção urbana. Acionamos a noção de resistência a fim de analisar o Tapete Infinito pela Anulação da Condenação e pela Liberdade de Lula. Trata-se de um tapete feito de pedaços bordados a muitas mãos, que teve início com o Coletivo Linhas do Horizonte, quando ocorreu a prisão do ex-presidente Lula. Observamos o gesto de bordar na passagem do espaço privado ao espaço público, onde se instaura o debate político. Tomamos o tapete e suas exposições como discurso de intervenção, em que mulheres fazem do gesto de bordar um manifesto político de resistência. E buscamos compreender como o tapete e os bordados funcionam no jogo entre materialidade histórica, materialidade dos fios e das cores e materialidade corporal performática.