Palavras do paraíso e verdade das singularidades: leitura-codificação e leitura-experimentação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.202067.209-219

Palavras-chave:

Leitura. Codificação. Experimentação. Palavras do paraíso. Singularidade

Resumo

Neste artigo, discutimos sobre o valor empoderador da singularidade do estar no mundo dos sujeitos, por esta ser um desvio de estado de ordem conservador do mundo fundado em noções ocidentalistas de universalidade, abstração e utilitarismo. Analisamos uma interação familiar em que pais leem com a filha, Maria Flor, com a qual se pode refletir sobre como sentidos formais – leitura como decodificação – podem interditar o potencial criativo dos sujeitos sociais – leitura como experimentação de diversos sensos e sensibilidades. Apoiamo-nos na discussão de Bakhtin (2010) sobre responsabilidade, não-álibi e verdade (pravda) e Benjamim (2011) sobre palavras do paraíso, queda do paraíso e magia da linguagem. Aventamos em nossa argumentação como nossas interações pessoais e os poderes sociais podem se organizar para não interditar a fruição dos desejos singulares, em função do imperativo de sentidos dogmáticos. A língua não deixa de ser meio sem fim determinado, mas de fato é um  lugar onde se pode experimentar e construir o mundo.   

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Biografia do Autor

Dina Maria Martins Ferreira, Universidade Estadual do Ceará

2º pós-doutorado, em Ciências Sociais, pela Université Paris V, Sorbonne, em co-tutoria em Estudos da Linguagem, pelo Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp (2009-2010); 1º pós-doutorado em Pragmática, pelo Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp (2002-2003); doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995); mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1988). Pesquisadora do Centro de Atualidades e Cotidiano da Université Paris V, Sorbonne. Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, Universidade Estadual do Ceará. Autora de 5 livros, organização de 5 livros, capítulo de livros, artigos nacionais e internacionais

João Batista Costa Gonçalves, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Ceará (1994), mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (1998), doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2006) e pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2016). Atualmente é professor adjunto M da Universidade Estadual do Ceará, coordenador do curso de Especialização em Ensino de Língua Portuguesa da Universidade Estadual do Ceará e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (PosLA/UECE). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, e desenvolve pesquisas centradas nos estudos bakhtinianos do discurso. 

Marcos Roberto dos Santos Amaral, Universidade Estadual do Ceará

[1] Possui graduação em Letras Português e Literaturas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE (2009) e mestrado em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada da UECE - PosLA-UECE (2017). Doutorando do mesmo programa. Membro do Grupo de Estudos Bakhtinianos do Ceará (GEBACE) e do Grupo de Estudos Deleuze & Guattari (GEDEG). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Professor (licenciado para estudos) da rede estadual de ensino do Ceará - SEDUC-CE.

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Publicado

2020-12-15

Como Citar

MARTINS FERREIRA, Dina Maria; GONÇALVES, João Batista Costa; AMARAL, Marcos Roberto dos Santos. Palavras do paraíso e verdade das singularidades: leitura-codificação e leitura-experimentação. Revista Leitura, [S. l.], n. 67, p. 209–219, 2020. DOI: 10.28998/2317-9945.202067.209-219. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/9736. Acesso em: 19 dez. 2024.

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